O Tarado do Fonseca

Preso acusado de ser 'tarado' do Fonseca

Priscilla Costa

Policiais do 12º BPM (Niterói) prenderam, no fim da noite de segunda-feira, um homem suspeito de ser o tarado que vem aterrorizando a Zona Norte de Niterói. Segundo os PMs, Djalma Dias de Britto Filho, de 32 anos, foi flagrado tentando atacar uma estoquista, de 37, na Avenida Feliciano Sodré, na altura da Praça dos Expedicionários, no Centro. Por conta das suspeitas, a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Silvana Braga, começa hoje uma série de reconhecimentos com quatro vítimas. A polícia disponibilizou os telefones 2622-2785 e 2253-1177 para denúncias.
Após ser detido, Djalma foi levado para a 77ª DP (Icaraí), onde, segundo os inspetores, ficou constatado que ele já tinha uma condenação de 19 anos por estupro e atentado violento ao pudor. Ainda de acordo com os policiais, o suspeito respondia ao crime em regime semi-aberto na Casa do Albergado Coronel PM Francisco Spargolli da Rocha, que fica na Rua Desidério de Oliveira, próximo à Avenida Jansen de Melo e ao Ponto Cem Réis, locais próximos aos que o maníaco teria atacado as vítimas.
A comerciária, de 25, que foi atacada no dia 3 de julho confirmou a O FLUMINENSE, semelhanças físicas entre Djalma e o tarado que a violentou. Segundo ela, a boca e o nariz do homem que a abordou são parecidos com os do suspeito.
"São quase idênticos, mas ainda não posso afirmar com precisão. Lembro-me bem da voz dele, com um sotaque meio interiorano. Com certeza, depois de ouvir a voz, a suspeita vai se confirmar", informou.
Já outra vítima, uma auxiliar de vendas que pediu para não ser identificada, esteve na 77ª DP acompanhada de um amigo, ontem, mas não reconheceu Djalma como o agressor. Segundo ela, o homem que a estuprou tem estatura mediana e é mais moreno.
"Tenho certeza que não é ele. Estou com muito medo de falar porque ele ainda não está preso e poderá vir atrás de mim", afirmou.
A auxiliar de vendas contou ainda que conversou com o agressor por três horas antes de ser estuprada. Segundo a vítima, com o decorrer da conversa, o bandido foi se acalmando e depois de ter consumado o ato usando preservativo, pediu desculpas.
Ambas vítimas foram abordadas na Alameda São Boaventura e obrigadas a caminhar até a Avenida do Contorno, onde foram estupradas.
Abraço – Segundo a polícia, a prisão de Djalma só foi possível porque a estoquista atacada conseguiu se desvencilhar do suspeito. Ela contou que aguardava o marido na Avenida Feliciano Sodré, próximo à Praça dos Expedicionários, quando foi abordada pelo acusado, que simulava estar armado. Ainda de acordo com a vítima, após revistar sua bolsa e checar que não havia nada de valor, Djalma a abraçou e saiu caminhando.
"Percebi que ele queria algo além de um simples roubo. Ao invés de ir embora, ele me abraçou como se quisesse me levar para outro lugar", contou a estoquista.
A vítima foi salva porque percebeu que dois homens passavam pela outra calçada e reagiu. Depois da intervenção das testemunhas, o suspeito fugiu a pé, mas acabou capturado pelos PMs do 12º BPM, que por determinação do tenente Gilson Carvalho, comandante da 3º Companhia da PM, estavam atentos às características do suspeito.
Djalma seguiu, na tarde de ontem, para a carceragem da Polinter em Neves, São Gonçalo, onde ficará à disposição da Justiça. Segundo a polícia, o acusado já possuía duas anotações criminais, sendo uma condenação de 19 anos por estupro e atentado violento ao pudor, em maio de 2002, e uma passagem por uso de entorpecente, em fevereiro do mesmo ano.
Ainda de acordo com a polícia, em 2007, ele foi beneficiado com progressão de regime e passou a responder em regime semi-aberto pela condenação por estupro e atentado violento ao pudor.

O Fluminense

Fonte: http://www.ofluminense.com.br/noticias/235615.asp?pStrLink=2,284,0,235615&IndSeguro=0