Dia Mundial da Internet Segura: o que precisa estar no radar do internauta |
Para marcar o dia que promove o uso da internet segura, o Olhar Digital separou algumas informações que retratam os perigos de estar online |
Hoje (8/2) é o Dia Mundial da Internet Segura, uma iniciativa que une 65 países, com o intuito de promover o uso seguro da web. O projeto foi organizado pelaRede INSAFE, uma organização que trabalha com o intuito de incentivar o uso consciente da internet nos países da União Europeia. Neste ano, a mobilização tem o seguinte tema: “Estar online é mais que um jogo. É sua vida”.
O que não faltam são sinais de que apesar do uso intensivo que as pessoas fazem da internet, ainda falta consciência sobre o impacto que as atividades no ambiente virtual podem ter para a vida real. Um estudo recente da McAfee, por exemplo, constatou que quase metade dos adolescentes brasileiros entre 13 e 17 anos publica sua localização em perfis de redes sociais. Além de curioso, o dado é alarmante."Temos inúmeros jovens que constantemente vêm sendo lesados por conta de sua própria imprudência, ao cadastrar um telefone na internet ou falar sobre onde frequentam", destaca o colunista do Olhar Digital José Antonio Milagre, advogado e perito especialista em crimes digitais. "Com essas informações, o criminoso digital pode aplicar um golpe", acrescenta.
Para o criminoso digital o simples fato de ele saber que a pessoa está online é muito útil. Por isso, é preciso ter cuidado até em aceitar novos contatos nos chats das redes sociais ou nos sistemas de mensagens instantâneas, como Messenger. Milagre explica que ao detectar que um usuário está conectado, os crackers (criminosos virtuais) conseguem fazer uma varredura da máquina da vítima para colher dados e praticar crimes.
As redes sociais, por sinal, são um ambiente ainda bastante vulnerável. A Digital Society, grupo que tem o papel de ajudar a formular o pensamento de uma sociedade na área digital, teve acesso às notas de segurança do Twitter e do Facebook e descobriu que uma série de vulnerabilidades.
Segundo a empresa, o problema é que essas redes sociais não permitem a proteção completa via Secure Sockets Layer (SSL) e criam sessões sem criptografias para o usuário. Mesmo com os logins criptografados, eles não são autenticados. Isso significa que não é possível, a partir do navegador do usuário, verificar a identidade dos sites. No Facebook um invasor poderia ter acesso a quase tudo de uma conta, como enviar e ler mensagens pessoais e fazer atualização de status. A única exceção de acesso seria reconhecer o nome do usuário e a senha.
O programador Miguel Targa acredita que, a cada dia, as pessoas postam mais informações pessoais na internet, confiando em empresas que nem sempre têm páginas seguras.”Por mais famoso que seja o site, ele pode conter falhas, até porque essa banalização da profissão de programador tem levado ao mercado de trabalho pessoas incompetentes", cita Targa, que acrescenta: "Claro que os usuários não são culpados por erros dos programadores, mas quem sofre são os internautas. Por isso, é importante prestar muita atenção”.
Para incentivar os brasileiros a usar a internet de maneira segura, a ONG SaferNet Brasil, o Comitê Gestor da Internet e o Ministério Público desenvolveram atividades como oficinas, palestras, peças teatrais, intervenções urbanas e outras ações que deverão seguir por todo ano. Para saber mais informações sobre projeto, clique aqui e acesse o site.
"Estar online é mais que um jogo. É sua vida".
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