PALAVRAS... TANTAS PALAVRAS
I VIII
Palavras que
tocam fundo, Palavras curtas
compridas
Palavras com
sentimento Palavras de tanto afeto
Tantas, tantas,
neste mundo Algumas,
não têm peso, medida
E quantas sem
fundamento. Nunca
terão rumo certo.
II IX
Palavras de
muito amor Palavras há, sem
sentido
Palavras de
muita esperança Palavras
sem expressão
Umas de frio,
sem calor Não
soam bem ao ouvido
Sem terem paz,
aliança. Não
tocam no coração.
III
X
Palavras a doce criança Palavras boas, ou más
São lindas no dia-a-dia Palavras com certo medo
São ternas, têm bonança Que dizem... sabe se lá!
Têm amor-harmonia. Ao
ouvido, em segredo.
IV XI
Palavras
com coração Palavras apaixonadas
Palavras fundamentais São palavras
cativantes
Se, com três pedras na mão Nos leitos, tão adornadas
Machucam como punhais. Expressivas, dos amantes.
V XII
Palavras sem acalento Palavras balbuciadas
Nunca, jamais soam bem Palavras na meninice
Ouvi-las, é perder tempo Muita candura, mimadas
Por dizerem mal de alguém! Muito irradiam
meiguice.
VI XIII
Palavras vãs e sem nexo Há
aquelas bem sonantes
Remexidas, muito loucas Envolventes d’amizade
E quantas cheiram a sexo A família bem distante
Referidas por jovens bocas! São palavras... de saudade!
VII XIV
Há palavras que são puras Palavras seriam belas
Citadas pra gente amiga De um amor que tanto quero
Sinceras, têm alturas Há anos
espero por elas
Já outras, de pura intriga. Mas, jamais eu...
Desespero.
Novembro/2014 José Pais de Moura