Meus versos...
Diversos.
I VII
A mesa nem sempre
farta, O
peito de uma mulher,
Dias
há, remediada.
Nutriente, muito amor.
A barriga não enfarta, Seja
morena, qualquer,
Mas, melhor, que não
ter nada. O
leite, da mesma cor.
II
VIII
A saudade faz roer,
Minha mulher, uma cobra,
Em dias de solidão,
Uma fera, é um horror,
Tal um ratinho a
roer, Mas, se
casasse com a sogra,
Não queijo, o
coração.
Não seria... e bem pior?
III
IX
Quero olhar-te de
pertinho,
Foste por mim tão amada,
Da janela do teu
quarto,
Só não fui o teu eleito,
Ver esse corpo
branquinho, Mas, a chama não apagada,
Da tua roupa, estou farto! Inda acalenta meu peito!...
IV
X
Se, vens a talho de
foice,
A chuva que Deus derrama,
Ou, com três pedras
na mão, Molha a casa, nosso chão,
Antes, porém, dá um
coice, Da goteira, molha a cama,
A quem seja teu
irmão!
Só, não molha o coração.
V
XI
Amor antigo é
saudade,
A porta, se não aberta...
Duma lembrança que
fica... Para
alguns, até lacrada,
Só quem amou de
verdade, Já, porém, se for
poeta,
Sabe o quanto
significa. Num ápice...
Escancarada.
VI
XII
Tive um amor que Deus
me deu. O coração
é a porta,
Sim! Nesta rua também
passa, Onde o
amor entra, flutua.
Com o lenço lhe digo
adeus, E quando venta,
o transporta,
E responde, mas, bem
disfarça! Desde a sua, à minha rua!
Niterói/06/01/2013
José Pais de Moura Simões
Foto: Google
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