domingo, 14 de novembro de 2010

Nova Técnica utilizada em Entrevistas de Emprego


Conheça a nova técnica que é utilizada em entrevistas de emprego



Por: Simone Schettino 









Assertividade, versatilidade, visão, determinação, bom humor, espírito de equipe, lealdade, proatividade, dinamismo. A lista continua e é muito extensa, mas algumas dessas habilidades interpessoais podem garantir a sua vaga se a entrevista acontecer de uma forma tratada pelos profissionais de Recursos Humanos como entrevista por competências.

O mercado, hoje, valoriza mais essas habilidades que algumas capacitações técnicas. Para saber o que mostrar aos recrutadores no tempo necessário, os especialistas garantem que é preciso entender a dinâmica da empresa, a função que você vai exercer e quais habilidades são procuradas. E se você ainda não sabe ao certo quais são as suas competências, existem cursos e oficinas que podem ajudar a se preparar para o momento da seleção.
Para José Oliveira, diretor regional de Recursos Humanos da Wärtsilä Brasil, esta técnica de entrevista é usada por organizações modernas para avaliar os candidatos em potencial sobre experiências e comportamentos de modo a determinar quanto essas experiências podem ser positivas para a empresa.
“Normalmente são questões abertas com objetivo de levantar seus conhecimentos e habilidades baseadas em experiências passadas. A intenção é encontrar candidatos com o perfil da organização, com valores individuais alinhados aos valores empresariais”, esclarece.
Oliveira explica que as entrevistas tradicionais, que se preocupam apenas com a experiência do profissional, formação acadêmica e cursos extracurriculares, são muito padronizadas, totalmente diretivas e buscando a avaliação de aspectos técnicos, sendo usadas apenas por algumas organizações com hierarquias rígidas. Para ele, as competências comportamentais têm sido preocupação recente do mercado de trabalho
“Há pouco tempo o mercado observava apenas a competência técnica do colaborador, mas o cenário hoje é diferente e muitos colaboradores, considerados experts naquilo que fazem, estão sendo desligados das suas organizações em virtude da falta de competências comportamentais”, ressalta.
O especialista diz que a parte mais difícil de uma entrevista por competências está justamente na preparação.
“Primeiro, o candidato precisaria entender quais competências estão sendo buscadas pela empresa. O mais importante é entender o negócio da empresa e as principais área de atuação. Ele precisa analisar seu passado profissional e experiências, focando naquelas que vêm de encontro às necessidades da organização. O segredo é focar nas competências desenvolvidas fora do ambiente de trabalho, como por exemplo, liderança, ou habilidades de organização, obtidas em atividades sem fins lucrativos, trabalhos voluntários”, exemplifica.
Depois, basta identificar exemplos específicos que demonstrem estas habilidades e é bom estar preparado para explicar um case de sucesso, ou seja, contar uma situação que demonstre como realmente pilotou uma determinada habilidade. “O profissional deve também se preocupar com o seu marketing pessoal. Este item pesa bastante na entrevista, mas tem que falar sempre a verdade acima de tudo, porque as mentiras são facilmente percebidas com técnicas específicas e podem desqualificar o melhor dos candidatos”, ressalta o especialista.
De acordo com Oliveira, nas origens da globalização, o mercado profissional foi engolido pelas grandes organizações e a competitividade cresceu vertiginosamente.
“No segmento que mais cresce hoje que é o de óleo e gás, por exemplo, um profissional para sobreviver precisa estar muito bem preparado tecnicamente e comportamentalmente”, justifica.
Já o psicólogo Ronaldo Pereira Leal, gerente de Recursos Humanos dos supermercados Prezunic, revela que essas habilidades não são procuradas apenas para cargos elitizados.
“Como a estratégia do supermercado aponta para prestação de serviços diferenciada junto aos clientes e parceiros comerciais e operacionais, selecionamos algumas habilidades pessoais, tais como: equilíbrio, atenção, capacidade de influenciar, educação, trabalho em equipe, gostar genuinamente de pessoas, prático e analítico.
Ele explica ainda que a técnica não se adapta num primeiro momento a uma estrutura de recrutamento de grandes números e alta rotatividade, por exemplo, que por isso acha pretensioso dizer que se trata de uma tendência.
“Mas de fato a entrevista convencional está sucateada por diversos motivos, principalmente, por seu generalismo”, arremata.
Treinamento – O Centro de Psicologia Aplicada e Formação ( Cpaf-RJ) está organizando a partir do dia 27, o curso de Treinamento em Habilidades Interpessoais. O curso, com duração de dois meses, abordará assertividade, equilíbrio emocional, capacidade empática, comunicação verbal e não verbal.
O objetivo é fornecer ferramentas para que os participantes possam decodificar e compreender melhor as emoções, com o objetivo de aprimorar os relacionamentos. O valor do curso é de duas parcelas de R$ 260. Inscrições e mais informações pelo telefone 3813 4037 ou pelo site www.cpafrj.com.
A psicóloga cognitiva Mônica Portella diz que, principalmente, os muito tímidos, precisam treinar suas habilidades e muitas vezes descrobri-las ou aprimorá-las.
“Muitas pessoas são extremamente qualificadas mas não sabem se colocar no momento da entrevista, e isso pode ser desenvolvido em nosso curso, o que melhora bastante o aproveitamento dos candidatos”, garante. 

Orientação profissional para jovens

Para quem tem dúvidas sobre mercado de trabalho, emprego e processos seletivos, o Senai realiza a palestra “Terças sem dúvidas”, onde gerentes de Recursos Humanos das principais empresas do Estado orientam os jovens sobre o perfil do profissional que buscam no mercado. Os horários estão disponíveis no endereço www.firjan.org.br, onde também podem ser feitas as inscrições. As palestras acontecem também nas unidades Niterói e São Gonçalo.
Entre os pontos relacionados aos perfis de trabalhadores, serão discutidos os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessárias para determinado tipo de função. Os profissionais de RH falarão ainda sobre vagas em aberto, perspectivas sobre o profissional do futuro e sobre a forma com que as empresas estão se preparando para receber esse novo profissional. Ao final, os jovens poderão fazer suas perguntas.
O programa é realizado às terças-feiras, quinzenalmente, em todas as unidades do Estado. As próximas apresentações são “Oportunidade do mercado local”, no dia 23, e “Profissões do futuro”, no dia 7 de dezembro. Todas têm o objetivo de orientar os jovens sobre qualificação profissional e o mercado de trabalho. As inscrições também podem ser feitas pelo telefone 0800-0231231.
Novas habilidades em debate
A seleção por competências é um dos temas que serão discutidos no 3º RH Oeste – Encontro de Recursos Humanos da Zona Oeste do Rio, nos dias 17 e 18. O evento vai contar com palestras e painéis sobre tecnologia, cultura da inovação e gestão do conhecimento nas empresas, com presença das principais lideranças empreendedoras da região.
Para o especialista em recursos humanos Heitor Chagas, convidado que vai participar apresentando  o tema “Jogo da malha: ações através da sinergia para inovação”, hoje se fala muito em inovação como uma novidade, mas ela é um produto da própria evolução das empresas.

“A competitividade exige que novas técnicas sejam  aplicadas para que não se corra o risco de investir dinheiro e tempo em programas de seleção sem que exista realmente uma cultura de sinergia, o que trava todo o processo”, explica.
Inscrições e programação estão disponíveis no site www.rhoeste.com.br.

O FLUMINENSE

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