Minha História - Renato Rios Blues
Desde muito cedo, convivi com a música. Meu pai trabalhava na Radio Continental e eu cresci vendo o pessoal do Trio Icaraí - versão Niteroiense do Trio Iraquitan - lá em casa, na Otávio Carneiro, 135. Eu me metia a cantar junto e todos riam bastante do magricela de 5 anos que cantava como se fosse da turma.
Com 12 anos de idade, pedi e ganhei do Tio Deco, meu primeiro violão: Um Di Giorgio que seria hoje uma raridade. A mão estava quebrada porque caiu de cima do armário.
Uma caixinha de madeira que era a embalagem de uma goiabada antiga serviu como tala e eu engessei a mão do bicho, com cola de madeira e pregos. A partir daí, o sossego, lá em casa, acabou: Era blim, blim, blim, blom, blom, blom o dia inteiro.
Aos 13 anos, minha primeira paixão: Uma Del Vechio marron com máscara degradée, na vitrine de uma loja das Casas Neno, na Rua Sete de Setembro, Centro do Rio.
Depois de alguma lamúria prometendo que eu seria igual aos Beatles, minha avó Nair cedeu e comprou a guitarra em 12 mensalidades.
Ali, tudo começou: As bandinhas de garagem, as meninas que adoravam cabeludos que tocavam em banda (na época a gente chamava de conjunto). Apaches, Yankes, Corujas, Anjos, Linear, bandas sem nome que jamais passaram do terceiro ensaio e, finalmente, vencido o medo do ridículo, a decisão de fazer música com um parceiro que descobri, não tinha ego, vaidade, tampouco discutia comigo se o acorde seria dó maior ou la menor, mas principalmente, que respeitava o ouvido da platéia e tocava com volume aceitável: Meu computador.
Durante os últimos oito anos, estudei, montei arranjos horrorosos, montei outros não tão ruins e exercitei a paciência dos amigos.
Durante os últimos oito anos, estudei, montei arranjos horrorosos, montei outros não tão ruins e exercitei a paciência dos amigos.
Tocar guitarra - Uma das maiores alegrias.Um belo estilo de vida. Talvez tenha salvo a minha vida - Jamais me senti, antes, tão feliz e realizado.
Qualquer um que ousasse me visitar se transformava imediatamente em platéia compulsória.
As reações eram variadas. Uns achavam um barato (acho que não entendiam nada de música), outros achavam que ficava um negócio meio frio (um eufemismo para evitar dizer que não estava bom).
Jamais me permiti desistir. Agradeço a meus filhos André Renato, o Ferrugem (foi quem primeiro me ajudou a carregar e montar os equipamentos), Marquinhos que hoje em dia monta e controla a iluminação, a meu irmão Roberto, parceiro de algumas aventuras e que sobe ao palco comigo para cantar algumas músicas, mas principalmente, agradeço à Rosinha (minha mulher) que é uma parceira inseparável e vai comigo onde eu for, sempre paciente e voluntariosa. Esse pessoal me manteve com a vontade de fazer acontecer, sem jamais esmorecer, mesmo quando aconteceu de tocar para alguém que demonstrava não querer muito ouvir o som que faço.
Foi em Rio das Ostras, no Quiosque do Doda que tomei coragem e pedi para tocar no fim de semana. Ele topou e aí, com um pouco de sorte, esforço e rock and roll, consegui começar a ser visto pela platéia, como um bom músico.
Foi lá que o Jobel (Presidente da AMO-ES), o Rodrigo Perim (Presidente do Street Rebels), o Fala-Fina e alguns outros que a distância e o tempo fizeram com que eu esquecesse o nome, assistiram a um show (se é assim que podemos chamar o que eu fazia) e disseram que eu iria me apresentar em Marataízes no 2º Praia Moto Fest.
Confesso que a princípio achei que era uma daquelas histórias que surgem na mente das pessoas em momentos de euforia.
Marataízes chegou, eu fui, toquei e tive que encarar umas 6.000 pessoas gritando para a Banda Credence Cover, de Minas, - Mais um, mais um, mais um. A Rosinha perguntou: - Renato, você vai ter coragem de entrar depois de um sonzão desses que os caras mandaram e com a platéia pedindo para eles não saírem ?
- Mandei 20 minutos seguidos de Pink Floyd, com Happiest Days, The Wall, On the Run, Time e Confortably Numb. Depois disso, a platéia encaixou comigo e a interação foi maravilhosa, apesar de, não posso negar, as pernas tremeram na subida da escada do palco.
Neste mesmo evento o Jobel (AMO-ES) me batizou: Renato Rio Blues. (Renato do Rio (na verdade, Niterói), que eles assistiram tocando um blues do Gary Moore (Still got the blues for you).
Agora a história continua e eu espero que você esteja em minha próxima apresentação p'rá gente curtir juntos.
AGENDA POSITIVA
2010
SETEMBRO
04-05/09/2010 - 1º Enc. de Motociclismo de Cachoeiras do Macacu - RJ
10-12/09/2010 - 2o. Alcobaça Motofest - BA - Direção Musical
17/09/2010 - 6o.Enc. Nac. de Motociclismo de Mracema-RJ - Direção Musical
24-26/09/2010 - Valença Motofest - AMO-BA - Valença - BA - Direção Musical
OUTUBRO
02/10/2010 - 10° Almoço Beneficente do Lar das Crianças Pe João Benevídes
08 e 09/10/2010 - 1º Matinhos Motofest - Matinhos - PR
15/10/2010 - 1º Imperial Motofest - Petrópolis - RJ
22 a 24/10/2010 - Evento de Lambari - (em negociação)
NOVEMBRO
06 de Novembro/2010 - 8º Enc. Nac. de Motociclismo - Santo Antônio de Pádua-RJ
12 a 14 de Novembro/2010 - Amazônia Motorcycle - Rio Branco - AM
DEZEMBRO
2010
04/12/2010 - Bye Bye RJ - SJV Rio Preto - RJ
09/12/2010 - Praça Vanhargen - 50 anos do Celso Cortes
0xx-21-8855-2787
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