Ao Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor,
porém,
nunca fenecee a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não.
Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade
Boa tarde,Rose
ResponderExcluirQue lindo poema do queridíssimo Drummond...
Amei...
Poeta é poeta...
Amor verdadeiro não carece de presença para existir...transcende a materialidade...
Amor é encontro de almas...
Um abraçooooooooooooooo....
Lu.
Oi Lu!
ResponderExcluirQue lindo...e é a pura verdade.
Querida,desculpe-me pela demora deste, pois eu não tinha visto seu comentário.
Obrigada pela visita e comentário.
Um abraço.