sábado, 29 de novembro de 2008

Poemas / Poesias ( Vinícius de Moraes )

Soneto da Fidelidade.


De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa (me) dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure.


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O POETA E A LUA

Em meio a um cristal de ecos. O poeta vai pela rua. Seus olhos verdes de éter. Abrem cavernas na lua. A lua volta de flanco. Eriçada de luxúria. O poeta, aloucado e branco. Palpa as nádegas da lua. Entre as esferas nitentes. Tremeluzem pelos fulvos. O poeta, de olhar dormente. Entreabre o pente da lua. Em frouxos de luz e água. Palpita a ferida crua. O poeta todo se lava. De palidez e doçura.ardente e desesperada. A lua vira em decúbito. A vinda lenta do espasmo. Aguça as pontas da lua. O poeta afaga-lhe os braços. E o ventre que se menstrua. A lua se curva em arco. Num delírio de volúpia. O gozo aumenta de súbito. Em frêmitos que perduram. A lua vira o outro quarto. E fica de frente, nua. O orgasmo desce do espaço. Desfeito em estrelas e nuvens. Nos ventos do mar perpassa. Um salso cheiro de lua. E a lua, no êxtase, cresce. Se dilata e alteia e estua. O poeta se deixa em prece. Ante a beleza da lua. Depois a lua adormece. E míngua e se pazígua...O poeta desaparece. Envolto em cantos e plumas. E nquanto a noite enlouquece. No seu claustro de ciúmes.


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"Medo de Amar"

O céu está parado, não conta nenhum segredo. A estrada está parada, não leva a nenhum lugar. A areia do tempo escorre de entre meus dedos. Ai que medo de amar!
O sol põe em relevo todas as coisas que não pensam. Entre elas e eu, que imenso abismo cecular...As pessoas passam, não ouvem os gritos do meu silêncio. Ai que medo de amar!
Uma mulher me olha, em seu olhar há tanto enlevo. Tanta promessa de amor, tanto carinho para dar. Eu me ponho a soluçar por dentro, meu rosto está seco. Ai que medo de amar!
Dão-me uma rosa, aspiro fundo em seu recesso. E parto a cantar canções, sou um patético jogral. Mas viver me dói tanto! E eu hesito, estremeço...Ai que medo de amar!
E assim me encontro: entro em crepúsculo, entardeço. Sou como a última sombra se estendendo sobre o mar. Ah! amor, meu tormento!... como por ti padeço...Ai que medo de amar!
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Macho e fêmea os criou.
Gênese, 1, 27
Hoje é sábado, amanhã é domingo.
A vida vem em ondas, como o mar.
Os bondes andam em cima dos trilhos.
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo.
Não há nada como o tempo para passar.
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo .
Amanhã não gosta de ver ninguém bem .
Hoje é que é o dia do presente.
O dia é sábado. Impossível fugir a essa dura realidade.
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios .
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas.
Todos os maridos estão funcionando regularmente.
Todas as mulheres estão atentas.
Porque hoje é sábado. Neste momento há um casamento.
Porque hoje é sábado. Hoje há um divórcio e um violamento.
Porque hoje é sábado. Há um rico que se mata.
Porque hoje é sábado. Há um incesto e uma regata.
Porque hoje é sábado. Há um espetáculo de gala.
Porque hoje é sábado. Há uma mulher que apanha e cala.
Porque hoje é sábado. Há um renovar-se de esperanças.
Porque hoje é sábado. Há uma profunda discordância.
Porque hoje é sábado.Há um sedutor que tomba morto .
Porque hoje é sábado. Há um grande espírito-de-porco.
Porque hoje é sábado. Há uma mulher que vira homem.
Porque hoje é sábado. Há criançinhas que não comem.
Porque hoje é sábado. Há um piquenique de políticos.
Porque hoje é sábado. Há um grande acréscimo de sífilis.
Porque hoje é sábado. Há um ariano e uma mulata.
Porque hoje é sábado. Há uma tensão inusitada.
Porque hoje é sábado .Há adolescências seminuas.
Porque hoje é sábado .Há um vampiro pelas ruas .
Porque hoje é sábado. Há um grande aumento no consumo.
Porque hoje é sábado .Há um noivo louco de ciúmes.
Porque hoje é sábado .Há um garden-party na cadeia.
Porque hoje é sábado. Há uma impassível lua cheia.
Porque hoje é sábado. Há damas de todas as classes.
Porque hoje é sábado. Umas difíceis, outras fáceis.
Porque hoje é sábado. Há um beber e um dar sem conta.
Porque hoje é sábado. Há uma infeliz que vai de tonta.
Porque hoje é sábado .Há um padre passeando à paisana.
Porque hoje é sábado. Há um frenesi de dar banana.
Porque hoje é sábado .Há a sensação angustiante.
Porque hoje é sábado. De uma mulher dentro de um homem.
Porque hoje é sábado .Há uma comemoração fantástica.
Porque hoje é sábado .Da primeira cirurgia plástica.
Porque hoje é sábado. E dando os trâmites por findos.
Porque hoje é sábado. Há a perspectiva do domingo.
Porque hoje é sábado.
Caro leitor,
UM BOM FINAL DE SEMANA A TODOS!
APROVEITEM, PORQUE HOJE É SÁBADO!

Os Que Nunca Partem

OS QUE NUNCA PARTEM

Eu me lembro que quando era muito jovem,
ouvia os adultos comentarem:
fulano partiu.
Esta era a forma que eles achavam
menos sofrida de falar que alguémhavia morrido,
principalmente quando estavam perto de crianças.
Era um jeito delicado que eles tinham
de citar a morte sem que ela parecesse
tão chocante.
Cresci e comecei também a falar assim
- fulano partiu -
acabei achando menos dolorido,
menos violento se referir à morte dessa maneira.
Quando se diz que alguém morreu,
dá a impressão que se acabou,
desapareceu e imaginar que alguém que queremos
bem acabou ou desapareceu pra
sempre é terrível.
Dói mil vezes mais do que precisar enfrentar
a sua própria ausência.
Partiu já é diferente,
dá uma sensação de que em algum
ponto da vida nos reencontraremos com
essa pessoa querida novamente.
Fica mais fácil imaginar que ela viajou,
uma viagem sem data pra voltar,
mas com retorno garantido.
Enfim,
descobri recentemente,
que existe uma outra categoria dentro
desse universo.
São aqueles que nunca morrem e,
portanto, jamais partem.
São aqueles que embora desapareçam
de nossas vistas,
eternamente se fazem presentes em
nossa memória e nosso coração.
Os que nunca partem são as pessoas que
nortearam nossos dias,
colocaram um significado importante neles
e deixaram uma marca tão profunda em nós
que não importa onde estejam,
porque ao nosso lado,
de alguma forma,
sempre estarão.
Morrer, partir, são coisas simples,
coisas do dia-a-dia.
Acontece toda hora,em todo lugar,
com todas as pessoas.
Os que nunca partem e os que nunca
passam pela dor de assistir alguém querido partir são os felizardos dessa vida.
Dores momentâneas,
saudades e ausências à parte,
felizes daqueles que amaramalguém nessa vida a ponto de jamais
deixá-los partir de seus corações.
Se quando eu me for,
por desígnio de Deus,
uma única pessoa não me deixarpartir me guardando dentro do seu peito,
eu direi que valeu a pena terpassado por aqui e que minha estada
nessa vida não foi em vão.
Mas enquanto ainda estou por aqui,
só tenho a dizer que dentro de mim morampessoas que nunca deixei que
partissem verdadeiramente,
assim,
como não deixarei que partam,
jamais,
algumas que ainda estão por aqui.
Os que nunca partem são aqueles que
descobriram o segredo de brilhar na terra,
mesmo antes de chegarem ao céu
e se tornarem estrela.

TEXTO: Silvana Duboc.

(Recebi este e-mail texto poético da minha amiga Mara Furley)

A Porta ao Lado

Como anda o seu nível de exigência em relação à vida?
Reflita!


A PORTA AO LADO



Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada. E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente.... É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.
Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior. Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes. Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote.
Que 'audácia' contrariá-los! São aqueles que nunca ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga e não deixam barato.
Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente. O mundo versus eles. Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato. Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero, vinte e quatro horas tem sido pouco pra tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.
Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a 'porta do lado' e vou tratar do que é importante de fato. Eis uma chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado.

"Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não estrague seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia."
Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto, sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A 'Porta do lado' pode ser uma boa entrada ou uma boa saída...

Drauzio Varella

O Caminho À Adoção


Responsablidade Social


Quintal da Casa de Ana

"Buscando soluções para o abandono de crianças e adolescentes, a ONG trabalha para fortalecer a nova cultura da adoção."

O CAMINHO PARA A ADOÇÃO

"No Brasil existem milhares de crianças em abrigos à espera de adoção. Entretanto,muitas pessoas têm dificuldades para adotar. Isso acontece porque o processo de habilitação, que inclui a apresentação de documentação e entrevistas com psicólogo e assistente social, pode demorar, dependendo do funcionamento da Vara da Infância da cidade. Em Niterói, o processo dura cerca de dois meses. Feita a habilitação, o pretendente à adoção entra em uma lista de espera. Surge então a maior dificuldade, pois quanto mais específico o perfil da criança que se quer adotar, maior a demora.
Qualquer pessoa pode adotar, ainda que seja solteira. É preciso apenas ter mais de 18 anos, idoneidade moral e estrutura para criar uma criança. No site do Quintal da Casa de Ana há uma lista de crianças à espera de adoção enviadas por Varas da Infância de várias cidades brasileiras. Em 2007, a ONG conseguiu viabilizar 72 adoções através deste serviço."


Este texto foi transcrito da Revista
PATRIMÓVEL - Ano 5 - Nº 25 - 2008
Por: Gilberto Gonçalves

Conheça mais sobre o Quintal da Casa de Ana em:
http://www.quintaldeana.org.br

“A vida foi feita para amarmos e sermos amados!
Por este motivo, devemos decidir resolutamente
que, nunca mais, nenhuma criança seja objecto
de rejeição e desamor!”


Madre Teresa de Calcutá

" Não Vi e não Gostei - O Fenômeno do Preconceito".

Preconceito até sem querer

 


Piada de português e frases do tipo "lugar de mulher é na cozinha" todo mundo já ouviu alguma vez. Ou falou, mesmo sem querer. Pode até soar engraçado para algumas pessoas. Mas é uma manifestação preconceituosa.

Neste livro, o antropólogo Renato da Silva Queiroz, professor da Universidade de São Paulo(USP), analisa os mais diversos preconceitos, como o racial, o religioso e o político. E afirma que a escola tem papel fundamental para combater esse tipo de manifestação.

Nova Escola - Todos nós temos algum tipo de preconceito, mesmo sem querer?

Renato Queiroz - Sim. É quase natural, à medida que se assimilam valores. A pessoa cria uma espécie de filtro para avaliar o mundo de acordo com o grupo a que pertence. A partir daí, ela pode manifestar repúdio por determinadas manifestações de outros grupos.

N.E. - Por que o livro é voltado para os jovens?
R.Q. - Porque lidar com a diferença é uma preocupação para os adolescentes. Nessa fase da vida, os valores ainda estão se ajustando. Nos adultos, eles já estão consolidados e é mais difícil modificá-los.

N.E. - Como a escola interfere nesse processo?

R.Q. - A escola é um agente fundamental de socialização. Ela pode estimular a integração, aceitando diferentes grupos sem discriminação. Por outro lado, sabemos que o preconceito é alimentado pelo senso comum e pelo estereótipo. Alguns livros didáticos, por exemplo, trazem conotações preconceituosas sem mesmo os autores terem consciência disso. Por isso, os professores precisam estar atentos também ao conteúdo do material.

N.E. - Os pais podem ajudar em alguma coisa?

R.Q. - Sem dúvida. Ninguém nasce com preconceitos. Eles são culturalmente absorvidos. É importante mostrar às crianças que o hibridismo racial e cultural são benefícios para a humanidade, e não o contrário.


Indicação do livro: Não Vi e não Gostei - O Fenômeno do Preconceito, Renato da Silva Queiroz. Editora Moderna.
Fonte: Revista - Nova Escola - Ano XI - Nº 94 - Junho de 1996

Drenagem Linfática: Saúde ou Estética?

Drenagem linfática: saúde ou estética?


Quando o sistema circulatório não cumpre corretamente sua função, o corpo fica sobrecarregado por um excesso de líquido, que não consegue absorver. Na maioria dos casos, esse fenômeno se traduz por sintomas como a celulite ou retenção de líquidos, peso nas pernas ou aparecimento de edema(inchaço).

A drenagem linfática é uma técnica de compressão manual dos tecidos, feita pressões leves e lentas, que utiliza manobras específicas que seguem o trajeto do sistema linfático. Pode ser manual ou mecânica(com utilização de aparelhos), com o intuito de aumentar a circulação linfática para transportar líquidos excedentes, restos metabólicos e toxinas, facilitando o escoamento do líquido linfático até os gânglios linfáticos.

Nesse sentido, a drenagem linfática seria indicada para o tratamento e prevenção de várias patologias como nos casos de edema linfático, dores musculares, alterações circulatórias, pré e pós-operatório de cirurgias plásticas, gravidez, relaxamento corporal, e também no tratamento da celulite, já que melhora a drenagem da linfa e da circulação em geral.

A celulite, sem dúvida, é uma das principais preocupações que afetam a estética do corpo feminino. Porém, muito além do aspecto dos nódulos celulíticos a drenagem agirá devolvendo o equílibrio ao organismo trazendo saúde e bem-estar às pessoas que se beneficiam dela. Portanto, a drenagem é um grande aliado no tratamento, agindo na retenção de líquido em tecido subcutâneo, melhorando, conseqüentemente, o aspecto da pele.

Vale salientar que a drenagem linfática deve ser realizada por profissional qualificado para que seja alcançado o resultado esperado e não ocorra agravamento do quadro. Além disso, é importante a parceria entre fisioterapeuta e paciente e que este siga as orientações quanto à importância da prática da atividade física, manutenção de alimentação saudável e ingestão de líquidos, aliados fundamentais para o sucesso no tratamento.


Fonte: Tablóide - Correio de Icaraí - Ano XI - Nº143 - OUT/NOV - 2008

Por: Dra. Angélica Botelho, fisioterapeuta.

SANTOS MAIS POPULARES

Santos mais populares:

Campeões de popularidade Os santos de maior devoção são aqueles ligados a alguma causa ou necessidade


Santa Rita de Cássia

Viúva, quis tornar-se freira, mas foi recusada por não ser mais virgem, no século XIV. Outros santos arrombaram a porta do convento para ela entrar. É a santa das causas impossíveis e das viúvas (22 de maio)


Santo Antônio

Filho de um nobre português do século XII, tornou-se franciscano. Pregou em muitos lugares e foi autor de diversos milagres. Santo dos casamentos e do amor, traz felicidade (13 de junho)


Santa Edwiges

Foi uma duquesa muito rica do século XII. Usou seu dinheiro para ajudar os mais necessitados e criou hospitais para leprosos. É a padroeira dos endividados (16 de outubro)


Santo Expedito

O santo teria outro nome. Martirizado e morto em Roma, seus restos foram despachados em um caixão com a mensagem spedito - urgente, em latim. Tornou-se por isso o santo da hora (19 de abril)


São Judas Tadeu

Era primo e apóstolo de Jesus. Confundido com Judas Iscariotes, foi negligenciado por muito tempo. Como ficou ocioso, na lógica dos fiéis, pode agora cuidar das causas perdidas (28 de outubro)

São José

Marido da Virgem Maria e padrasto de Jesus, descende da casa real de David. Estudiosos acreditam que ele tenha morrido antes da Paixão. Zela pela saúde do corpo e protege a família (19 de março)


São Jorge

Não é certo que tenha existido. Foi provavelmente um soldado do século IV. Ele teria enfrentado um dragão para socorrer a filha de um rei. Na Europa, é o padroeiro dos enamorados (23 de abril)


São Francisco de Assis

Filho de um rico comerciante de sedas entre os séculos XII e XIII, fundou a Ordem dos Franciscanos, que faz voto de pobreza. É também padroeiro da natureza(4 de outubro)


Fotos: Thais Antunes/ÉPOCA




Fonte: www.epoca.com.br

HORA DO HUMOR


A Fofoqueira


Quatro senhoras, muito amigas, se reúnem para o chá todas as sextas-feiras, na associação da terceira idade do bairro.
Uma delas então diz:
- "Meninas", somos amigas há muitos anos e está na hora de nos conhecerms a fundo. Eu, por exemplo, sou cleptomaníaca, mas não se preocupem. Não sou capaz de roubar nada de vocês.
Uma segunda senhora diz:
- Pois eu confesso que sou ninfomaníaca. Mas não temam, pois jamais estive com seus maridos, porque não gosto de nenhum deles.
A terceira levanta-se e anuncia:
- Pois, olhem, confesso que sou lésbica. Mas não se preocupem, porque nenhuma de vocês me interessam sexualmente.
A quarta senhora, então, levanta-se, pega suas coisas, e , enquanto vai saindo depressa, diz:
- Vocês me desculpem, mas eu sou fofoqueira e tenho que dar alguns telefonemas urgentes!!!
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Piada da Sogra

A garota chega pra mãe, reclamando do ceticismo do namorado.
- Mãe, o Mário diz que não acredita em inferno.
- Case-se com ele, minha filha e deixe o resto comigo!

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Fonte: Tablóide - Correio de Icaraí - Ano XI - Nº143 - OUT/NOV - 2008
CANTINHO do HUMOR - Pedro Luiz Oliveira

É Fácil, Ser Adulto?

'Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim.Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:'
- Ah,terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo.....
- Cinco anos...que pena...acabou....
- É...não deu certo...
"Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam.Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes voce não consegue nem dar cem por cento de você para vocêmesmo,como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não teimpressiona...Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga...se nãobate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar.... ounão.Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, masse a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?
O legal é alguém que está com você, só por você.E vice versa.
Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar,seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração.....Faz parte.
Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse....
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar...
Ou se apaixonar...
Ou se culpar...
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ?????



Arnaldo Jabor

O PRAZER

O PRAZER


Um dos objetivos do encontro sexual é o prazer das pessoas envolvidas.
A responsabilidade pelo orgasmo da mulher não pode ser atribuída ao homem. Muitas vezes, ele sabe pouco a respeito do funcionamento do corpo feminino. Entretanto, como não faz perguntas, passa a impressão que não tem dúvidas e que conhece melhor os caminhos que conduzem sua parceira ao prazer do que ela própria. Na realidade, muitas mulheres se colocam passivamente na posição de quem espera alguém, que as levem ao climax.
Sem envolvimento ativo, não é possível tirar proveito do contato físico. Cada um dos parceiros tem que contribuir para que os momentos juntos sejam, com o tempo, cada vez mais prazerosos e felizes.
É importante lembrar que sexo é uma função natural e se não houver nada para atrapalhar, a ereção do homem ou a lubrificação da mulher acontece independente de sua vontade diante de um estímulo apropriado.
A atividade sexual flui naturalmente, quando um se sente atraído pelo outro, desde que não haja mágoas e ressentimentos entre eles e o casal goze de boa saúde.
Se liberando e curtindo intensamente cada carícia, conduzindo o outro ao invés de esperar que ele adivinhe aquilo que você quer que ele faça, o casal vai conhecendo melhor as preferências mútuas e, com certeza, se coloca no caminho mais curto para a obtenção do prazer conjunto.
À medida que a intimidade vai aumentando, o entrosamento entre ambos vai se aperfeiçoando, possibilitando relações sexuais, cada vez mais satisfatórias tanto para o homem como para a mulher.



Fonte: Tablóide - Correio de Icaraí - Ano XI - Nº143 - OUT/NOV - 2008
Fundador, Editor e Diretor Executivo: Pedro Luiz Oliveira
Artigo da colaboradora: Yda Bittencourt

Cinéfilo

Catálogo completo de filmes de 1943 a 2008.

Sabe aquele filme de que você gostou muito, mas cujo título você não lembra, nem dos nomes dos atores e das atrizes, e fica parecendo um velho gagá perante os mais jovens?
Seus problemas acabaram! Tudo o que você quiser saber (ou lembrar) sobre filmes estrangeiros em 65 anos está catalogado e ao seu alcance.
Ficha completa de filmes. Antes de pegar filmes na locadora, consulte este site feito por uma pessoa detalhista, cinéfilo há 65 anos. Um trabalho de alta qualidade! Clique no endereço abaixo e comprove:


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Letramento: Você Pratica?



"Não é novidade que o Brasil ainda enfrenta insistentemente o problema do analfabetismo,tanto de crianças que saem da escola e de outros que não tiveram a oportunidade de se apropriarem do saber da leitura e escrita.É fato que o nosso país possui um número significativo de indivíduos que não adquiriram o saber necessário para atender às exigências de uma sociedade letrada. De acordo com informações (MEC/INEP, 2001) cerca de 980.000 crianças na 4ª série do ensino fundamental não sabem ler, e mais de 1.600 são capazes de ler apenas frases simples. Recentemente, a Rede Globo, através do Programa semanal “Fantástico”, fez uma pesquisa intitulada “Provão do Fantástico” aplicada em 27 capitais brasileiras (somente em escolas públicas), e avaliou que mais da metade dos alunos não é capaz de responder a questões que requerem raciocínio e 60% só conseguem identificar informações muito simples. Esses, seriam apenas mais alguns dados para pessoas comuns, mas é algo extremamente alarmante para o educador. É neste ponto que entra a grande questão da intervenção do educador e a inclusão da prática geradora do letramento.
Letramentoonde, como e por que foi criado este termo?
O vocábulo é um tanto quanto fora do comum para muitos profissionais da área da educação e, principalmente, para os acadêmicos desse setor. Há alguns anos, pode-se dizer que menos de vinte, esse vocábulo surgiu entre os lingüistas e estudiosos da língua portuguesa, e então passou a ter veiculação no setor educacional.
Constatou-se que uma das primeiras menções feitas deste termo ocorreu em No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística (1986) por Mary A. Kato, segundo Magda Soares (2003: 15). A mesma registra, nesta obra, que foram feitas buscas em dicionários da língua portuguesa quanto ao significado da palavra, no dicionário Aurélio, por exemplo, nada foi encontrado, bem como também, não foi encontrado o verbo “letrar”, porém, o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa de Caldas Aulete, com edição constando de mais de um século, contém o verbete com o simples significado de “escrita”. Ela ressalta, ainda, que no mesmo dicionário esse vocábulo é classificado como “antiquado”. Ora, logo, este termo caiu em desuso há bastante tempo em nossa língua. Então, por que este termo tem sido utilizado agora com certa freqüência nos campos educacionais e lingüísticos?
Devemos esclarecer que esse vocábulo não tem sido usado, atualmente, com a denotação supracitada. O termo se originou de uma versão feita da palavra da língua inglesa “literacy”, com a representação etimológica de estado, condição, ou qualidade de ser literate, e literate é definido como educado, especialmente, para ler e escrever.
Nos dicionários da língua portuguesa o termo alfabetizado diz respeito ao indivíduo que somente aprendeu a ler e escrever, não se diz que é o que adquiriu o estado ou condição de quem se apossou da leitura e da escrita, e que responde de maneira satisfatória as demandas das práticas sociais. Ainda, ampliando a abrangência da alfabetização, podemos analisá-la à medida que esta reproduz a “formação social existente, ou como um conjunto de práticas culturais que promove a mudança emancipadora” (DONALDO, 1990: 10).
Leda Verdiani Tfouni, em “Letramento e alfabetização” (1995), afirma que a alfabetização, por muitas vezes, está sendo mal entendida:
Há duas formas segundo as quais comumente se entende a alfabetização: ou como um processo de aquisição individual de habilidades requeridas para a leitura e escrita, ou como um processo de representação de objetos diversos, de naturezas diferentes. O mal-entendido que parece estar na base da primeira perspectiva é que a alfabetização é algo que chega a um fim, e pode, portanto, ser descrita sob a forma de objetivos instrucionais. Como processo que é parece-me antes que o que caracteriza a alfabetização é a sua incompletude.
Com isso, fica subentendido, pelo aspecto sociointeracionista, que a alfabetização do individuo, é algo que nunca será alcançado por completo, não há um ponto final. A realidade é que existe a extensão e a amplitude da alfabetização no educando, no que diz respeito às práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita. Neste âmbito, muitos estudiosos discutem a necessidade de se transpor os rígidos conceitos estabelecidos sobre a alfabetização, e assim, considerá-la como a relação entre os educandos e o mundo, pois, este está em constante processo de transformação. E o indivíduo para não ser atropelado e marginalizado pelas mudanças sociais deverá acompanhar, através da atualização individual, o processo que levará ao crescimento e desenvolvimento. Não que o educando não tenha qualquer saber antes da alfabetização, pelo contrário, sabemos que todo indivíduo possui, de alguma forma, níveis de conhecimento. E, isto, foi muito bem discorrido por Paulo Freire:
O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra. Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras.
Esse é um ponto de suma importância para aqueles que pretendem despojar-se dos restritos, e incisivos, conceitos em que a alfabetização é estabelecida em termos mecânicos e funcionais.
Mas, afinal, por que e para que surgiu o que se denominou letramento?
Por todo o tempo em que já vivemos como uma sociedade grafocêntrica, têm-se conhecimento sobre a problemática da falta do saber ler e escrever. Com isso, gerou-se uma crescente preocupação em desenvolver um controle sobre essa questão, através de muitos estudos e ações com o objetivo de erradicar o problema, logo, foi preciso criar um termo e fazê-lo conhecido no campo da pesquisa, surgindo o “analfabetismo”. Mas, observou-se que para o estado / condição daquele que sabe ler e escrever, e, que responde de maneira ampla e satisfatória as demandas sociais fazendo uso de alguma maneira da leitura e escrita, ainda não havia uma denominação. Mais tarde, isso se fez necessário devido à constatação de uma nova situação: de que não basta apenas o saber ler e escrever, necessário é saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz. Então, o nome letramento surgiu mediante a esta nova constatação.
Quando fatos “novos” são constatados, ou surgem novas idéias à respeito de fenômenos, depara-se com a necessidade de se criar novos vocábulos ou nomes para se tratar com determinados assuntos (SOARES, 2003). Ou seja, freqüentes mudanças sociais geram novas demandas sociais de uso da leitura e da escrita, logo, gerando novos termos específicos.
O letramento é um fenômeno de cunho social, e salienta as características sócio-históricas ao se adquirir um sistema de escrita por um grupo social. Ele é o resultado da ação de ensinar e/ou de aprender a ler e escrever, e denota estado ou condição em que um indivíduo ou sociedade obtém como resultado de ter-se “apoderado” de um sistema de grafia."

Cyntia Santuchi Peixoto (FAFIA)Eliane Bisi da Silva (FAFIA)Ivan Batista da Silva (FAFIA)Luciano Dutra Ferreira (FAFIA)
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo; DONALDO, Macedo. Alfabetização: leitura da palavra leitura do mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
KATO, Mary A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística. 7ª ed. São Paulo: Ática, 1999.
KLEIMAN, Ângela B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995.
SILVA, José Pereira da. Filologia é o estudo da língua na literatura. A visão de J. Mattoso Câmara Jr. In: América Latina y lo Clásico. Santiago de Chile: Universidad Metropolitana de Ciencias de la Educación - Facultad de Historia, Geografía y Letras, 2003, tomo II, p. 619-629.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2ªed. 6ª reimpr. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2004.

Letramento - Conceito e Prática




Nos dias de hoje, em que as sociedades do mundo inteiro estão cada vez mais centradas na escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler eescrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código escrito, é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social dessas duas práticas; é preciso letrar-se. O conceito de letramento, embora ainda não registrado nos dicionários brasileiros, tem seu aflorar devido à insuficiência reconhecida do conceito de alfabetização. E, ainda que não mencionado, já está presente na escola, traduzido em ações pedagógicas de reorganização do ensino e reformulação dos modos de ensinar, como constata a professora Magda Becker Soares, que, há anos, vem se debruçando sobre esse conceito e sua prática.
"A cada momento, multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita, não só na chamada cultura do papel, mas também na nova cultura da tela, com os meios eletrônicos", diz Magda, professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, se sabe escrever palavras e frases, mas não é capaz de escrever uma carta, é alfabetizada, mas não é letrada", explica. Para ela, em sociedades grafocêntricas como a nossa, tanto crianças de camadas favorecidas quanto crianças das camadas populares convivem com a escrita e com práticas de leitura e escrita cotidianamente, ou seja, vivem em ambientes de letramento.
"A diferença é que crianças das camadas favorecidas têm um convívio inegavelmente mais frequente e mais intenso com material escrito e com práticas de leitura e de escrita", diz. "É prioritário propiciar igualmente a todos o acesso ao letramento, um processo de toda a vida".
(ELIANE BARDANACHVILI)
- O que levou os pesquisadores ao conceito de "letramento", em lugar do de alfabetização?
- A palavra letramento e, portanto, o conceito que ela nomeia entraram recentemente no nosso vocabulário. Basta dizer que, embora apareça com freqüência na bibliografia acadêmica, a palavra não está ainda nos dicionários. Há, mesmo, vários livros que trazem essa palavra no título. Mas ela não foi ainda incluída, por exemplo, no recente Michaelis, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa , de 1998, nem na nova edição do Aurélio, o Aurélio Século XXI , publicado em 1999. É preciso reconhecer também que a palavra não foi incorporada pela mídia ou mesmo pelas escolas e professores. É ainda uma palavra quase só dos "pesquisadores", como bem diz a pergunta. O mesmo não acontece com o conceito que a palavra nomeia, porque ele surge como conseqüência do reconhecimento de que o conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório.
- Por quê?
- A preocupação com um analfabetismo funcional [terminologia que a Unesco recomendara nos anos 70, e que o Brasil passou usar somente a partir de 1990, segundo a qual a pessoa apenas sabe ler e escrever, sem saber fazer uso da leitura e da escrita], ou com o iletrismo, que seria o contrário de letramento, é um fenômeno contemporâneo, presente até no Primeiro Mundo.
- E como isso ocorre?
- É que as sociedades, no mundo inteiro, tornaram-se cada vez mais centradas na escrita. A cada momento, multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita, não só na chamada cultura do papel, mas também na nova cultura da tela, com os meios eletrônicos, que, ao contrário do que se costuma pensar, utilizam-se fundamentalmente da escrita, são novos suportes da escrita. Assim, nas sociedades letradas, ser alfabetizado é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas de hoje.
- Qual tem sido a reação a esse fenômeno lá fora?
- Nos Estados Unidos e na Inglaterra, há grande preocupação com o que consideram um baixo nível de literacy da população, e, periodicamente, realizam-se testes nacionais para avaliar as habilidades de leitura e de escrita da população adulta e orientar políticas de superação do problema. Outro exemplo é a França. Os franceses diferenciam illettrisme muito claramente illettrisme de analphabétisme . Este último é considerado problema já vencido, com exceção para imigrantes analfabetos em língua francesa. Já illettrisme surge como problema recente da população francesa. Basta dizer que a palavra illettrisme só entrou no dicionário, na França, nos anos 80. Em Portugal é recente a preocupação com a questão do letramento, que lá ganhou a denominação de literacia, numa tradução mais ao pé da letra do inglês literacy .
- O que explica o aparecimento do conceito de letramento entre nós?
- Não se trata propriamente do aparecimento de um novo conceito, mas do reconhecimento de um fenômeno que, por não ter, até então, significado social, permanecia submerso. Desde os tempos do Brasil Colônia, e até muito recentemente, o problema que enfrentávamos em relação à cultura escrita era o analfabetismo, o grande número de pessoas que não sabiam ler e escrever. Assim, a palavra de ordem era alfabetizar. Esse problema foi, nas últimas décadas, relativamente superado, vencido de forma pelo menos razoável. Mas a preocupação com o letramento passou a ter grande presença na escola, ainda que sem o reconhecimento e o uso da palavra, traduzido em ações pedagógicas de reorganização do ensino e reformulação dos modos de ensinar.
- Como o conceito de letramento, mesmo sem que se utilize este termo, vem sendo levado à prática?
- No início dos anos 90, começaram a surgir os ciclos básicos de alfabetização, em vários estados; mais recentemente, a própria lei [Lei de Diretrizes e Bases, de 1996] criou os ciclos na organização do ensino. Isso significa que, pelo menos no que se refere ao ciclo inicial, o sistema de ensino e as escolas passam a reconhecer que alfabetização, entendida apenas como a aprendizagem da mecânica do ler e do escrever e que se pretendia que fosse feito em um ano de escolaridade, nas chamadas classes de alfabetização, é insuficiente. Além de aprender a ler e a escrever, a criança deve ser levada ao domínio das práticas sociais de leitura e de escrita. Também os procedimentos didáticos de alfabetização acompanham essa nova concepção: os antigos métodos e as antigas cartilhas, baseados no ensino de uma mecânica transposição da forma sonora da fala à forma gráfica da escrita, são substituídos por procedimentos que levam as crianças a conviver, experimentar e dominar as práticas de leitura e de escrita que circulam na nossa sociedade tão centrada na escrita.
- Como se poderia, então, definir letramento?
- Letramento é, de certa forma, o contrário de analfabetismo. Aliás, houve um momento em que as palavras letramento e alfabetismo se alternavam, para nomear o mesmo conceito. Ainda hoje há quem prefira a palavra alfabetismo à palavra letramento - eu mesma acho alfabetismo uma palavra mais vernácula que letramento, que é uma tentativa de tradução da palavra inglesa literacy , mas curvo-me ao poder das tendências lingüísticas, que estão dando preferência a letramento. Analfabetismo é definido como o estado de quem não sabe ler e escrever; seu contrário, alfabetismo ou letramento, é o estado de quem sabe ler e escrever. Ou seja: letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: sabe ler e lê jornais, revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone; sabe escrever e escreve cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, sabe preencher um formulário, sabe redigir um ofício, um requerimento. São exemplos das práticas mais comuns e cotidianas de leitura e escrita; muitas outras poderiam ser citadas.
- Ler e escrever puramente tem algum valor, afinal?
- Alfabetização e letramento se somam. Ou melhor, a alfabetização é um componente do letramento. Considero que é um risco o que se vinha fazendo, ou se vem fazendo, repetindo-se que alfabetização não é apenas ensinar a ler e a escrever, desmerecendo assim, de certa forma, a importância de ensinar a ler e a escrever. É verdade que esta é uma maneira de reconhecer que não basta saber ler e escrever, mas, ao mesmo tempo, pode levar também a perder-se a especificidade do processo de aprender a ler e a escrever, entendido como aquisição do sistema de codificação de fonemas e decodificação de grafemas, apropriação do sistema alfabético e ortográfico da língua, aquisição que é necessária, mais que isso, é imprescindível para a entrada no mundo da escrita. Um processo complexo, difícil de ensinar e difícil de aprender, por isso é importante que seja considerado em sua especificidade. Mas isso não quer dizer que os dois processos, alfabetização e letramento, sejam processos distintos; na verdade, não se distinguem, deve-se alfabetizar letrando .
- De que forma?
- Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada (tomando este adjetivo no campo semântico de letramento e de letrar, e não com o sentido que tem tradicionalmente na língua, este dicionarizado) é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. Se a criança não sabe ler, mas pede que leiam histórias para ela, ou finge estar lendo um livro, se não sabe escrever, mas faz rabiscos dizendo que aquilo é uma carta que escreveu para alguém, é letrada, embora analfabeta, porque conhece e tenta exercer, no limite de suas possibilidades, práticas de leitura e de escrita. Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita: substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, e criando situações que tornem necessárias e significativas práticas de produção de textos.
- O processo de letramento ocorre, então, mesmo entre crianças bem pequenas...
- Pode-se dizer que o processo começa bem antes de seu processo de alfabetização: a criança começa a "letrar-se" a partir do momento em que nasce numa sociedade letrada. Rodeada de material escrito e de pessoas que usam a leitura e a escrita - e isto tanto vale para a criança das camadas favorecidas como para a das camadas populares, pois a escrita está presente no contexto de ambas -, as crianças, desde cedo, vão conhecendo e reconhecendo práticas de leitura e de escrita. Nesse processo, vão também conhecendo e reconhecendo o sistema de escrita, diferenciando-o de outros sistemas gráficos (de sistemas icônicos, por exemplo), descobrindo o sistema alfabético, o sistema ortográfico. Quando chega à escola, cabe à educação formal orientar metodicamente esses processos, e, nesse sentido, a Educação Infantil é apenas o momento inicial dessa orientação.
- O processo de letramento ocorre durante toda a vida escolar?
- A alfabetização, no sentido que atribuí a essa palavra, é que se concentra nos primeiros anos de escolaridade. Concentra-se aí, mas não ocorre só aí: por toda a vida escolar os alunos estão avançando em seu domínio do sistema ortográfico. Aliás, um adulto escolarizado, quando vai ao dicionário, resolver dúvida sobre a escrita de uma palavra está retomando seu processo de alfabetização. Mas esses procedimentos de alfabetização tardia são esporádicos e eventuais, ao contrário do letramento, que é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e, mais que isso, por toda a vida. Eu diria mesmo que o processo de escolarização é, fundamentalmente, um processo de letramento.
- Em qualquer disciplina?
- Em todas as áreas de conhecimento, em todas as disciplinas, os alunos aprendem através de práticas de leitura e de escrita: em História, em Geografia, em Ciências, mesmo na Matemática, enfim, em todas as disciplinas, os alunos aprendem lendo e escrevendo. É um engano pensar que o processo de letramento é um problema apenas do professor de Português: letrar é função e obrigação de todos os professores. Mesmo porque em cada área de conhecimento a escrita tem peculiaridades, que os professores que nela atuam é que conhecem e dominam. A quantidade de informações, conceitos, princípios, em cada área de conhecimento, no mundo atual, e a velocidade com que essas informações, conceitos, princípios são ampliados, reformulados, substituídos, faz com que o estudo e a aprendizagem devam ser, fundamentalmente, a identificação de ferramentas de busca de informação e de habilidades de usá-las, através de leitura, interpretação, relacionamento de conhecimentos. E isso é letramento, atribuição, portanto, de todos os professores, de toda a escola.
- Mas seria maior a responsabilidade do professor de Português?
- É claro que o professor de Português tem uma responsabilidade bem mais específica com relação ao letramento: enquanto este é um "instrumento" de aprendizagem para os professores das outras áreas, para o professor de Português ele é o próprio objeto de aprendizagem, o conteúdo mesmo de seu ensino.
- Muitos pais reclamam do fato de, hoje, os grandes textos de literatura, nos livros didáticos, darem lugar a letras de música, rótulos de produtos, bulas de remédio. O que essa ênfase nos textos do dia-a-dia tem de positivo e o que teria de negativo?
- É verdade que o conceito de letramento, bem como a nova concepção de alfabetização que decorre dele e também das teorias do construtivismo que chegaram ao campo da educação e do ensino nos anos 80, trouxeram um certo exagero na utilização de diferentes gêneros e diferentes portadores de texto na sala de aula. É realmente lamentável que os textos literários, até pouco tempo atrás exclusivos nas aulas de Português, tenham perdido espaço. É preciso não esquecer que, exatamente porque a literatura tem, lamentavelmente, no contexto brasileiro, pouca presença na vida cotidiana dos alunos, cabe à escola dar a eles a oportunidade de conhecê-la e dela usufruir. Por outro lado, tem talvez faltado critério na seleção dos gêneros. Por exemplo: parece-me equivocado o trabalho com letras de música, que perdem grande parte de seu significado e valor se desvinculadas da melodia: é difícil apreciar plenamente uma canção de Chico Buarque ou de Caetano Veloso lendo a letra da canção como se fosse um poema, desligada ela da música que é quem lhe dá o verdadeiro sentido e a plena expressividade. Parece óbvio que devem ser priorizados, para as atividades de leitura, os gêneros que mais freqüentemente ou mais necessariamente são lidos, nas práticas sociais, e, para as atividades de produção de texto, os gêneros mais freqüentes ou mais necessários nas práticas sociais de escrita. Estes não coincidem inteiramente com aqueles, já que há gêneros que as pessoas lêem, mas nunca ou raramente escrevem, e há gêneros que as pessoas não só lêem, mas também escrevem. Por exemplo: rótulos de produtos são textos que devemos aprender a ler, mas certamente não precisaremos aprender a escrever. Assim, a adoção de critérios bem fundamentados para selecionar quais gêneros devem ser trabalhados em sala de aula, para a leitura e para a produção de textos, afastará os aspectos negativos que uma invasão excessiva e indiscriminada de gêneros e portadores sem dúvida tem.
- A condução do processo de letramento difere, no caso de se lidar com uma criança de classe mais favorecida ou com uma de classe popular?
- Em sociedades grafocêntricas como a nossa, tanto crianças de camadas favorecidas quanto crianças das camadas populares convivem com a escrita e com práticas de leitura e escrita cotidianamente, ou seja, umas e outras vivem em ambientes de letramento. A diferença é que crianças das camadas favorecidas têm um convívio inegavelmente mais freqüente e mais intenso com material escrito e com práticas de leitura e de escrita do que as crianças das camadas populares, e, o que é mais importante, essas crianças, porque inseridas na cultura dominante, convivem com o material escrito e as práticas que a escola valoriza, usa e quer ver utilizados. Dois aspectos precisam, então, ser considerados: de um lado, a escola deve aprender a valorizar também o material escrito e as práticas de leitura e de escrita com que as crianças das camadas populares convivem; de outro lado, a escola deve dar oportunidade a essas crianças de ter acesso ao material escrito e às práticas da cultura dominante. Da mesma forma, a escola que serve às camadas dominantes deve dar oportunidade às crianças dessas camadas de conhecer e usufruir da cultura popular, tendo acesso ao material escrito e às práticas dessa cultura.
- Como deve ser a preparação do professor para que ele "letre"? Em que esse preparo difere daquele que o professor recebe hoje?
- Entendendo a função do professor, de qualquer nível de escolaridade, da Educação Infantil à educação pós-graduada, como uma função de letramento dos alunos em sua área específica, o professor precisa, em primeiro lugar, ser ele mesmo letrado na sua área de conhecimento: precisa dominar a produção escrita de sua área, as ferramentas de busca de informação em sua área, e ser um bom leitor e um bom produtor de textos na sua área. Isso se refere mais particularmente à formação que o professor deve ter no conteúdo da área de conhecimento que elegeu. Mas é preciso, para completar uma formação que o torne capaz de letrar seus alunos, que conheça o processo de letramento, que reconheça as características e peculiaridades dos gêneros de escrita próprios de sua área de conhecimento. Penso que os cursos de formação de professores, em qualquer área de conhecimento, deveriam centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto naquela área, e na formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de textos naquela área.

(Jornal do Brasil - 26/11/2000) Entrevista com Magda Becker Soares.

Um Parlamentar por 344 Professores

UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES


" Prezados cidadãos:

Bom dia !
Sou professor de fisica de ensino médio de um escola pública em uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal: Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário mensal é R$ 650,00.
Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um curso superior como eu e recebem minguados R$ 440,00.
Será que alguém acha que com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar ?
Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, mas atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que aprende e a escola aprova o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade!
Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei no estômago do meu idealismo foi duro!
Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$ 10,2 milhões por ano. São os parlamentares mais caros do mundo.
Na Itália, são gastos com parlamentares R$ 3,9 milhões.
Na França, pouco mais de R$ 2,8 milhões.
Na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$ 850 mil e na vizinha.
Na Argentina, R$ 1,3 milhão.
Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo: 688 professores com curso superior !
Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha.na qual o lema será:


" TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES " (*)

(*) Poderia ter colocado no lema para 688 professores, mas coloquei a metade (344), pois assim, sobra uma verba para aumentar o nosso salário, que é uma vergonha...

Atenciosamente.

Um professor de fisica do interior da Bahia.

Fonte: Recebi esta carta por e-mail.


Autor desconhecido

Direito dos Índios

UOL 15/04/2008
Pelo direito dos índios
Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) disponibiliza site para discutir questões dos povos indígenas paulistas
A Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) disponibiliza um endereço na internet que resgata a idéia de como vivem os povos indígenas em São Paulo: http://www.cpisp.org.br/comunidades. Segundo a Comissão, os povos indígenas no Estado de São Paulo enfrentam uma situação singular, já que estão longe da Amazônia - por tal motivo, diz a CPI, eles são discriminados e taxados de não serem "índios de verdade".



Segundo o Censo de 2000 do IBGE, o Estado de São Paulo possui a terceira maior população indígena do Brasil: 63.789 indivíduos. Cerca de 3.800 integrantes dos povos Guarani, Kaingang, Terena e Krenak residem em terras indígenas localizadas em diversas regiões do estado, principalmente na faixa litorânea. Mas a maior parte da população indígena no Estado de São Paulo é proveniente do Nordeste do País e vive nas periferias da capital e de cidades vizinhas. Apenas três dos 31 territórios indígenas em São Paulo estão demarcados e livres de invasores. A maioria deles (17), ainda aguarda pela realização da primeira etapa do processo de demarcação, que consiste na identificação e na delimitação da área indígena.

Sites Importantíssimos


Pedofilia e exploração sexual

São crimes, denuncie:

Tel :(21) 2293-8497/2293-8697

Disk denúncia

Tel: (21) 2253-1177

Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.

www.safernet.com.br

www.censura.com.br

www.denunciar.org.br

www.interpol.int

www.dpf.gov.br

PEDOFILIA NA INTERNET

Senado aprova projeto que criminaliza a pedofilia na Internet


Proposta da CPI da Pedofilia criminaliza a distribuição e o armazenamento de pornografia infantil. Texto preenche lacunas do ECA
O Senado aprovou, na madrugada desta quinta-feira (10/07), o projeto de lei nº 250/08, proposto pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, que criminaliza novas condutas envolvendo crianças e adolescentes e atualiza penas para crimes já previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O objetivo do projeto é intensificar o combate à produção, à venda, à distribuição e ao armazenamento de pornografia infantil, criminalizando condutas como a aquisição e a posse de material pedófilo por meio da Internet. A matéria agora vai à Câmara dos Deputados.
De acordo com o texto, aliciar, instigar ou constranger criança, por qualquer meio de comunicação, a praticar "ato libidinoso" - prática conhecida como grooming – passa a ser crime passível de pena de um a três anos de reclusão, além de multa. Nas mesmas penas incorrerão aqueles que facilitarem ou induzirem o acesso de crianças a material pornográfico ou as levarem a se exibir de forma sexualmente explícita. “O assédio de crianças por meio de sala de bate-papo, sites de relacionamento e MSN, por exemplo, passa a ser crime no País”, aponta o presidente e diretor de projetos da SaferNet Brasil, Tiago Tavares.
O projeto também propõe a definição de pornografia infantil, que passará a compreender "qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas ou insinuadas, ou exibição dos órgãos genitais para fins primordialmente sexuais".
A proposta modifica ainda o artigo 240 do ECA para punir quem "produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente". A pena para esses delitos, conforme o projeto, será de quatro a oito anos, mais multa. Quem agencia, facilita, recruta, coage ou intermedeia a participação de criança ou adolescente nessas cenas também incorrerá nas mesmas penas. A lei atual pune apenas quem contracena com as crianças e adolescentes.
A pena deverá ser ampliada em um terço se o crime for praticado no exercício de cargo ou função pública, ou a pretexto de exercê-la ou se o criminoso tirar vantagem de relações domésticas, de coabitação ou hospitalidade e se o crime for cometido por parente até terceiro grau ou que seja ainda tutor, curador, preceptor, empregador ou tenha autoridade sobre a vítima. Ou seja, a pena será mais pesada para pais ou responsáveis que praticarem as condutas consideradas como criminosas com menores sob sua responsabilidade.
Quem vende ou expõe à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança e adolescente também estará sujeito a pena de quatro a oito anos, além de multa. A distribuição de material contendo pornografia infantil - seja oferecendo, trocando, transmitindo, publicando ou divulgando por qualquer meio, inclusive por sistema de informática ou telemático (rede de telecomunicação) -, como fotografia, vídeo ou outro registro, também passaria a ser punida com pena de reclusão de três a seis anos.
Tavares afirma que o texto é de consenso entre no movimento de defesa dos direitos da criança e do adolescente, e representa um avanço na legislação. Hoje, por exemplo, não é crime guardar imagens de pornografia infantil no computador – o pedófilo só pode ser penalizado se distribuir esse material. O projeto de lei preenche essa lacuna do ECA.
Também se estabelece punição aos provedores de Internet que asseguram os meios ou serviços para o armazenamento dessas imagens ou que asseguram o acesso pela Internet a essas informações. A punição aos provedores, nesse caso, cabe quando deixarem de desabilitar o acesso a material sobre pedofilia.
Projeto de 2003 pode criminalizar movimento social
Outra matéria aprovada hoje no Senado foi o substitutivo ao projeto de lei 89/03, de autoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que pune crimes praticados por meio da Internet. Polêmico, o projeto tem como foco fraudes virtuais, mas possui um artigo que altera o ECA: o texto transforma em crime, além da divulgação, o armazenamento de imagens com conteúdo pedófilo. Essa mudança também está prevista no projeto de lei 250/08, com a diferença de que, no texto de Azeredo, não há ressalva para entidades e órgãos que trabalham no combate à pornografia infantil.
O presidente da SaferNet, ONG responsável pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, afirma que a redação do projeto é “temerária” porque criminaliza o movimento social, incluindo conselhos tutelares, conselhos dos direitos da criança e servidores públicos que trabalham em disque-denúncias. “Essas entidades são obrigadas a guardar provas para apresentar à polícia. Se prevalecer o texto, ninguém mais vai poder receber e encaminhar as denúncias”, alerta Tavares (com informações da Agência Senado).
A íntegra do projeto da CPI da Pedofilia, incluindo as notas taquigráficas da sessão que o aprovou, está disponível
aqui

NoticiaForm
Autor
Da redação, ANDI
Título
Senado aprova projeto que criminaliza a pedofilia na Internet
Data
10/07/2008
Fonte
www.andi.org.br/pautas/?a=21543
Veículo
Veículo Nacional
País
Brasil

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Museu Afro Brasil


Apresentação

Em consonância com a concepção que orienta o próprio Museu, o
Núcleo de Educação nasce com o desafio de mediar a relação do
público com as exposições. Essa mediação envolve as visitas
orientadas, cursos, oficinas, seminários eventos e publicações que
têm como eixo a desafiadora tarefa de desconstruir um imaginário
da população negra, construído ao longo da nossa história pela
ótica da inferioridade, e transformá-lo em um imaginário fundado
no prestígio e no pertencimento.
É por meio da observação e do diálogo que buscamos promover a
aproximação dos visitantes com os conteúdos, concepções e
abordagens que orientam este Museu. Aqui, tempos e espaços
diferentes e distantes se aproximam e são atualizados. Ao
recuperar a memória da população negro-africana, esta instituição
cultural inédita se integra ao patrimônio edificado da cidade e traz
consigo uma inadiável missão educativa: fazer reconhecer,
entender e, sobretudo, respeitar essa população, em uma tentativa
ousada de reescrever a nossa memória e a nossa história.
Nossa equipe
O Núcleo de Educação é constituído por profissionais que têm
formação em diferentes áreas do conhecimento. Todos eles
pesquisadores com interesse especial em aspectos relacionados à
história e às culturas africanas e brasileiras.

LOCALIZAÇÃO

Nosso endereço: Rua Pedro Álvares Cabral, s/nºPavilhão Manoel da Nóbrega Parque do Ibirapuera, portão 1004094-050 - São Paulo, SP Outros telefones: 5579-8542 / 5579-7716 / 5579-6399

e-mail:agendamento@museuafrobrasil.com.br

O Museu funciona todos os dias, exceto às 2ªs feiras

Horário de atendimento:

Público espontâneo: das 10h às 17h
Visitas agendadas: das 10h às 17h

Fonte: http://www.museuafrobrasil.com.br/animacao.htm

ALFABETIZAÇÃO SEM RECEITA

Alfabetização sem receita


Pegue uma criança de seis anos, ou mais, no estado em que estiver, suja ou limpa, e coloque-a numa sala de aula onde existem muitas coisas escritas para olhar e examinar.Servem jornais velhos, revistas, embalagens, propaganda eleitoral, latas de óleo vazias,caixas de sabão,sacolas de supermercado,enfim, tudo que estiver entulhando os armarios da escola e da sua casa. Convide a criança para brincar de ler, adivinhando oque está escrito: você vai descobrir que lea já sabe mutas coisas.
Converse coma criança,troque idéias sobre quem são vocês e as coisas de que gostam e não gostam. Escreva no quadro algumas das coisas que forem ditas e leia para ela. Peça à criança que olhe as coisas escritas que existem por aí, nas lojas, no ônibus, nas ruas, na televisão. Escreva alguas destas coisas no quadro e leia para elas. Deixe as crianças cortarem letras, palavras e frases dos jornais velhos e não esqueça de mandá-las limpar o chão depois, prá não criar problema na escola. Todos os dias leia em voz alta para a criança alguma coisa interessante: historinha, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação. Mostre para a criança alguns tipos de coisas escritas que talvez ela não conheça: um catálogo de telefone, um dicionário, um telegrama, uma carta, um bilhete, um livro de receitas de cozinha.
Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense você também. Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar ao colega. Não se apavore se a criança estiver comendo letras: até hoje, não houve caso de indigestão alfabética. Acalme a diretora e a supervisora se elas ficarem alarmadas.
Invente sua própria cartilha. Use sua imaginação e sua capacidade de observação para ensinar a ler. Leia e estude, você também.

P.S. Se não gostar desse processo, aplique a receita de alfabetização.

MARLENE CARVALHO(UFRJ)

RECEITA DE ALFABETIZAÇÃO

RECEITA DE ALFABETIZAÇÃO


Pegue uma criança de seis anos e lave-a bem. Enxugue-a com cuidado e enrole-a num uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula. Nas oito primeiras semanas, alimente-a com exercícios de prontidão. Na 9ª semana, ponha uma cartilha nas mãos da criança.
Tome cuidado para que a criança não se contamine no contato com livros, jornais, revistas e outros perigosos materiais impressos. Abra a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Quando tiver digerido as vogais, mande-a mastigar,uma a uma, as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo 60 vezes, como na alimentação macrobiótica. Se houver dificuldade para englir, separe as palavras em pedacinhos. Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao fim do 8ºmês, espete a criança com o palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas. Se isto acontecer, considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.
Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Ao fim de três anos, embrulhe a criança em papel pardo e coloque um rótulo: "aluno renitente".

Marlene Carvalho(UFRJ)

Oração de Todos os Dias


Senhor, eu lhe agradeço...

Obrigada(o), Senhor, pelo dom da vida...
Obrigada(0), Senhor, por meu corpo e por meus sentidos, por minha afetividade e por minha mente...
Obrigada(o), Senhor, pela liberdade de querer e pela alegria de fazer o bem...
Obrigada(o), Senhor, pelo prazer de amar e de ser amad0(a)...
Obrigada(0), Senhor, pela beleza que alegra o coração e nos manifesta o seu rosto...
Obrigada(o), Senhor, pelo dom dá fé e da esperança, por você me ter criado à sua imagem e ser meu Pai...
Obrigada(o), Senhor, porque você me chama a um encontro pessoal com você...
Obrigada(o), Senhor, porque você me convida a compartilhar com você uma amizade íntima...
Obrigada(o), Senhor, por você me preencher com seu espírito e eu poder viver assim uma experiência de ser e de vida com você...
Obrigada(o), Senhor, pelo tempo que você me concede para abrir-me, dia-a-dia, à vida eterna, à vida em plenitude...
Obrigada(o), Senhor, pela oferenda da minha vida que você põe, todos os dias, em minhas mãos...
Obrigada(o), Senhor, porque você sempre me acompanha, sempre me protege e sempre cuida de mim com uma ternura infinita...
Amém.

Saber Escutar


Saber Escutar

A aprendizagem só se realiza com a atenção plena e esta depende, em grande parte, da concentração que, por sua vez, depende de como se sabe escutar.
Quando você ouve um interlocutor, você tem em mente a responsabilidade de ser um bom ouvinte? Provavelmente não, como quase todos.
Escutar não é apenas ficar em silêncio. Escutar é colocar um vigoroso interesse no que se está ouvindo. É interrogar-se constantemente: O que é que a pessoa está efetivamente expondo e o que está me dizendo em particular? O que aprendi e o que tenho a aprender com ele? Como conhecer aquilo que está dizendo? Quais são suas intenções e que questões posso colocar?
Escutar conscientemente implica num duplo esforço: captar o sentido literário das palavras e, o mais difícil, procurar entender quais são suas intenções.
O hábito de escutar bem adquire-se através da força de vontade e de algumas atitudes práticas, como:

a) Adotar uma atitude ativa: é essencial ter com o interlocutor uma atitude ativa e não passiva ou indeferente. Uma atitude de oposição ou sem curiosidade com o orador nos coloca numa situação de mau ouvinte. Entrar no sujeito com uma curiosidade alerta é uma atitude ótima para escutar bem.
b) Olhar para o orador: além de ser uma atitude de educação é fundamental que se olhe para o expositor, pois esta atitude ajuda a perceber melhor o que ele quer dizer, tanto através das palavras, quanto através dos gestos e expressões faciais.
c) Descobrir a idéia principal: as idéias principais aparecem entre palavras, às vezes, bonitas e, outras vezes, desnecessárias. Uma boa maneira é se anotar numa só frase ou em algumas palavras o que se acredita serem as idéias principais.
d) Saber julgar: a objetividade em saber julgar o que se está ouvindo é uma atitude ótima que ajuda a escutar criticamente. Este é um estágio importante, pois você não é uma esponja inteligente que apenas recebe.

 Você deve julgar, confrontar o que você pensa com o que está ouvindo.
É sempre bom lembrar que:
a) Saber escutar é um poderoso meio de aprender;
b) A capacidade de escutar de cada um pode ser melhorada por um treinamento sistemático;
c) A aquisição de bons hábitos de escutar depende mais do esforço pessoal e da atenção dos pais e dos professores em geral do que, especificamente, do professor de português ou de literatura;
d) No estágio atual da nosso civilização, com o alto grau de desenvolvimento dos meios de comunicação, é urgent aprender a escutar criticamente o que nos é exposto através das informações.
Concluindo podemos dizer que este ato, aparentemente simples, é um ato eminentemente ativo, coloca em ação todas as faculdades, reclama de nós uma atitude psíquica determinada, um trabalho mental intenso e um envolvimento dos sentimentos.
É importante, pois, que aproveitemos as oportunidades que se nos apresentam na escola para desenvolver nossa capacidade de bem escutar.

Autor desconhecido.

Orgânicos para todos

Orgânicos para todos



Nos anos 50 surgiu uma novidade que, dizia-se, garantiria alimento para todos no planeta: os agrotóxicos. Eu te pergunto: acabou a fome? Claro que não, mas os produtores de agrotóxicos ficaram ricos! O problema da fome, assim como o do dinheiro, não é a falta, e sim a má distribuição. A filosofia seria: abasteça seu vizinho e com o excedente vá ampliando seu mercado.
Temos que ficar atentos com os discursos sobre a produção de alimentos.
Por exemplo, a soja produzida no Brasil não vira comida, mas é vendida para virar ração para alimentar os porcos, as vacas, etc... Na verdade, produzir de forma orgânica nada mais é do que resgatar a forma que nossos bissavós produziam. O orgânico é um produto ético, que respeita a natureza e o produtor, vsando a sustentabilidade. é um alimento livre de contaminação por agrotóxicos e por adubos químicos, que respeita as características da região onde é plantado e o tempo e a época de seu cultivo, utilizando água limpa na sua irrigação.
Nós, produtores de orgânicos, somos obrigados a respeitar normas impostas pelas certificadoras(órgãos que garantem que o produto é orgânico), como qualidade de vida de quem trabalha e preservação ambiental. Tudo para que os produtos estejam dentro de um padrão de qualidade, preservando seu verdadeiro sabor, seu teor nutricional e, principalmete, garantindo qualidade de vida a quem produz. O que quero dizer é que, ao consumir um produto orgânico, você não só está se alimentando melhor, mas também contribuindo de forma decisiva para a fixação do homem no campo, para a preservação do planeta e tornando-se um consumidor com responsabilidade social!
Tudo pode ser produzido de forma orgânica! O Brasil é um grande produtor de suco de laranja orgânico, de açúcar orgânico e de cacau orgânico, por exemplo, além de verduras e legumes. Para o crescimento do mercado orgânico, é fundamental que o consumidor tenha consciência da sua responsablidade. Cobre do mercado que ele tenha mais produtos orgânicos e com isso ajude a baixar os preços e aumentar a oferta.
Produzir orgânicos é mole. O difícil é ser um consumidor de orgânicos! Pense nisso!

Fonte: Revista - O GLOBO
Colunista convidado - Marcos Palmeira

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