sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Calvície













De olho nos fatores que provocam a calvície em homens e mulheres


Por Cristiana Vieira



Quando o assunto é diagnóstico e cura de doenças do cabelo e do couro cabeludo, fale com um tricologista. São os médicos especializados na área. Acredite, há métodos muito precisos para diagnosticar qualquer problema capilar, seja em homens ou mulheres.

As mulheres que se deparam, frequentemente, com fios de cabelo soltos na fronha, no ralo do banheiro, na escova, etc., já devem ficar atentas. Se quando os fios caem, logo dão lugar a outros, tudo bem. "O cabelo tem um ciclo de crescimento, de estabilização, de descanso e de queda, que ocorre a cada dois anos", explica o diretor do Instituto do Cabelo e presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia, Luciano Barsanti, autor do livro "Dr. Cabelo", da editora Elevação.

Segundo Barsanti, as mulheres têm muito mais cabelo do que os homens. Por isso, só notam o problema quando já perderam cerca de 30% dos fios. "Vêm ao consultório dizendo que, ao subirem a escada rolante espelhada do shopping, repararam no couro da cabeça", conta Barsanti.

Para identificar o problema, o médico faz uma microscopia eletrônica do bulbo capilar. Usa um aparelho que funciona como uma espécie de scanner do couro cabeludo, aumentando em 8 mil vezes o fio e o couro da cabeça. O resultado é um diagnóstico preciso, com a verificação do estágio da queda e a indicação de um tratamento personalizado.

Alterações hormonais, estresse, depressão, ovários policísticos, doenças autoimunes, deficiências nutricionais, medicamentos, drogas ilícitas e álcool, alterações psiquiátricas, quimioterapia e até anorexia são as causas mais frequentes da perda capilar nas mulheres. O problema é observado na faixa etária dos 12 aos 60, sendo mais comum entre as de 25 a 45 anos. "Isso ocorre, principalmente, nas dietas sem acompanhamento médico."

A boa notícia é que é possível reverter o quadro em qualquer idade, desde que o bulbo capilar esteja vivo. Entre as soluções, há tratamentos não invasivos, como laser de baixa penetração e infusão transiônica, que permite a aplicação de substâncias ativadoras do bulbo sem o uso de agulhas e aplicações.


Cerca de 80% das pacientes do Instituto do Cabelo apresentam caspa e seborréia (grande quantidade de óleo produzido pelas glândulas sebácias), o que provoca uma irritação na epiderme, a dermatite seborreica. Entre os tratamentos, há substâncias fitoterápicas e orgânicas aplicadas por uma espécie de peelling do couro cabeludo.

"Há terapias sendo desenvolvidas para estimular cabelos enfraquecidos a crescerem mais fortes, e até estudos de tratamentos com uso de células-tronco e clonagem. Tem uma empresa japonesa fazendo uma investigação e gastando milhões com isso", conta o dermatologista Arthur Tykocinski, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da Sociedade Internacional de Transplante Capilar. Segundo ele, será possível até realizar testes genéticos para que a mulher tenha uma estimativa da probabilidade de perda dos fios.

Vale ressaltar que, quando a queda dos fios é associada a outros problemas, o tratamento capilar deve ter assistência multiprofissional, de endocrinologista (avalia as condições da tireoide), ginecologista (verifica possíveis problemas hormonais), nutricionista (avalia a segurança alimentar) e até psiquiatra e psicólogo.

Cansada de tentar os mais diversos tratamentos para combater a queda dos fios, Glória (nome fictício) desistiu de ir a consultórios e recorreu ao tratamento sugerido pelo seu cabeleireiro, Fernando Barros, à base de algas. "Ele disse que eu notaria a diferença em três meses, mas, em menos de um, notei que meus cabelos pararam de cair, ganharam vida e ficaram mais cheios", conta ela, que aprendeu com ele a massagear a cabeça por alguns minutos antes de lavar.

Perda por tração

Repare em quem prende muito os cabelos, amarrando-os para trás: começam a aparecer "entradas". "São as chamadas alopecias (quedas) cosméticas, por uso excessivo de tiaras, prendedores, e de penteados como rabo-de-cavalo e apliques", diz Barsanti.


A professora universitária Gabriela Scur, de 35 anos, sofre com a queda dos fios desde os seus 18 anos, causada por problemas emocionais. "Não posso ficar nervosa que o cabelo quebra e cai. Fiz até biópsia, mas não descobriram nada."
Tomou remédios fortíssimos, que até deram resultado. Numa ocasião, decidiu fazer megahair para sentir o gostinho de ter cabelo comprido (o dela sempre cresceu até a altura dos ombros). "Na primeira manutenção, quando tirei as mechas, vi que meu cabelo havia ficado chanel. Chorei."

Quando o fio atrofia

Mais grave é o diagnóstico de dihidrotestosterona (DHT), um agente que acaba com o bulbo capilar. "Ele age discretamente. Destrói a raiz do cabelo, que muitas vezes nem cai: o fio é afinado e, com o tempo, desaparece", explica o tricologista Barsanti.


O problema é que, na mulher, o DHT se espalha por toda a cabeça. Já no homem, o problema é localizado, possibilitando tratamentos como implantes. "É preciso saber se a área do couro cabeludo de onde esses fios vão ser retirados ainda está saudável, com bulbos vivos, para não implantar um cabelo doente", explica Tykocinski, que constatou que apenas 30% das mulheres com DHT atendidas em seu consultório enquadravam-se nessa situação. "O cabelo é só a ponta do iceberg. Temos de investigar o todo."

Fatores de risco

Consumo excessivo de cigarro, café, açúcar, anfetamina.

Doenças: câncer, depressão, alterações da glândula tireoide, diabetes, tuberculose, doenças infecciosas do aparelho urinário, sinusites e viroses.

Hábitos: amarrar o cabelo com elástico.

Lendas

Cabelo fino não é sinônimo de cabelo fraco. Fraco é cabelo que afina.

Não há contraindicação para tintura, nem para alisamento, desde que seja feito com produto legalizado e por profissional capacitado.

Pode-se usar cosméticos para hidratação

Conselhos

Evite automedicação e soluções paliativas.
Se a pessoa tem alteração na tireoide, por exemplo, o problema não vai ser resolvido com tratamento para a queda.

Atente-se aos asteriscos dos produtos cosméticos.



Fontes das imagens:


http://www.roteiro.net/materias/noticias/calvicie.jpg

2 comentários:

  1. Muito legal a matéria - vc conhece algum médico para cabelos aí em Niquiti? Bjs

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  2. Olá Nanda!

    Que pena!Eu não conheço.
    Visitei o seu cantinho e amei.
    Parabéns pelas belas fotografias!


    Querida,obrigada pela visita e pelo comentário.
    Tenha um ótimo fim de semana.

    Beijos

    ResponderExcluir

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