Como otimizar o sucesso
Concursos
Orientações para quem se prepara para os concursos,
transmitidas por William Douglas.
Se me senti levado a anotar minha experiência em estudar e fazer provas, não poderia concluir a tarefa sem mencionar ainda uma outra experiência: a de quem viu inúmeras pessoas tentando, umas conseguindo, outras não; de quem viu inúmeras pessoas de sucesso, outras não; de quem viu muitas pessoas ricas e pobres; e nos dois grupos a felicidade e a frustração, a esperança e a desesperança.
Falar sobre como estudar para obterem-se vitórias e deixar de dizer qual o melhor conceito de vitória seria um erro gravíssimo.
Não acredito que alguém em sã consciência queira passar em alguma prova ou concurso apenas por passar, apenas para pegar um prêmio, um título, um emprego, um status, para provar algo para si mesmo ou para outrem.
Estas são até boas motivações, mas é muito pouco, comparado com o fim mais nobre de tudo o que devemos fazer, que é alcançar a felicidade. A capacidade de adaptar-se e buscar a felicidade, já dissemos, é o melhor conceito de inteligência. Ser feliz é o propósito, e ser feliz não quer dizer necessariamente “ter sucesso” na forma como este é medido por nossa vã cultura e sociedade.
Assim, permita-me, como um amigo, falar um pouco sobre o que chamei de “otimização do sucesso”. Ele, o sucesso, tanto quanto o estudo e o tempo, pode render mais frutos e ser mais proveitoso.
O sucesso, quando desacompanhado de certos elementos, é algo bem próximo do fracasso, tendo ainda um agravante: aquele que não “venceu na vida” muitas vezes é infeliz e imputa tal estado a não ter isto ou aquilo, a não ser dono deste ou daquele bem ou algo assim. Quem chega a um bom patamar e ainda não soube encontrar a felicidade não tem sequer esta ilusão. Não é à toa que o índice de suicídios é tanto maior quanto maior o nível social e econômico. Os abastados já têm dinheiro e com isso descobrem que ele não é garantia de felicidade.
A felicidade está num ponto diferente do sucesso material e profissional. Embora estes possam ajudar, a felicidade mora ao lado, não na morada do sucesso. É preciso sair para a rua para encontrá-la, pois ela está à nossa espera.
Precisamos abandonar o nosso próprio castelo para achá-la.
Richard Edler (1997, p. 144), citando Whit Hobbs, expôs um bom conceito de sucesso: “Sucesso é acordar de manhã – não importa quem você seja, onde você esteja, se é velho ou se é jovem – e sair da cama porque existem coisas importantes que você adora fazer, nas quais você acredita, e em que você é bom. Algo que é maior que você, que você quase não aguenta esperar para fazer hoje.”
A compreensão humana do sucesso é muito equivocada. E posso provar isto: quantas pessoas você conhece que “venceram na vida”, que “estão na crista da onda” e que não são felizes, ou que não são amadas, ou que você não gostaria que fossem tomadas como exemplo de vida por seu filho?
E o que dizer daquele que, passando em algum concurso, torna-se vítima do orgulho e da vaidade, ou, pior, da arrogância? Que dizer daqueles que, a partir de um certo instante, passam a andar “com um rei na barriga”?
Logo que a pessoa passa em um concurso ela engole um rei. É normal um certo deslumbramento e até euforia com o grande passo, com a grande e merecida conquista. Isso é humano. O que deve ser evitado é que depois dos primeiros meses este “rei” não saia da barriga.
Eu sei que você conhece pessoas que modificam suas atitudes depois que têm sucesso e isto confirma que minha ponderação é correta. E de que serve tal ponderação? Serve para propor um cuidado maior ao atingir o objetivo do que aquele necessário para chegar a ele.
Serve para dizer que a acuidade é necessária também para definir o sentido e o valor das coisas, sob pena de sermos traídos pela propaganda de massa e por valores obtusos.
Outra noção equivocada bastante difundida é de que o sucesso é um alvo, um ponto na pirâmide social, um determinado número de moedas no banco ou no cofre, é um cargo e sua imponência, uma certa quantidade de bens materiais ou de fama. Muitos são os que, ao obterem tais coisas, sentam-se à mesa diante de um monstro sem face, já que então percebem que – tendo tais coisas – não estão satisfeitos, ao passo que muitos são felizes sem elas. Uma das formas para se evitar isso é compreender uma frase famosa, mas pouco difundida: “O sucesso não é o destino, mas a jornada.”
É por essas e outras que é tão importante empreender uma caminhada mais correta: com mais produtividade, mas também, se preciso, com maior tempo, para que não se vá deixando na estrada bens mais preciosos do que os que são buscados. Como já foi dito, “tão importante quanto o caminho a ser seguido é o modo de caminhar”.
Por: William Douglas
Email: concursos@ofluminense.com.br
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