Albinos de Salvador vão ter direito a protetor solar
Salvador - Embora extremamente vulneráveis ao sol, eles são quase invisíveis para a rede pública de saúde. São os albinos, portadores de uma doença congênita caracterizada pela falta de melanina (responsável pela pigmentação da pele) e que atinge também os olhos e os cabelos. Para discutir os problemas dos albinos baianos foi realizada ontem uma audiência conjunta das Comissão de Saúde e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos , Walmir Mota (PPS) é autor de um projeto de lei que pretende acabar com a invisibilidade social dos albinos, ao assegurar-lhes uma ampla proteção , dentre as quais a distribuição gratuita de protetores solares já que os portadores de albinismo são extremamente vulneráveis aos raios solares.
Durante a audiência, Walmir comemorou uma primeira vitória na luta pela inclusão social dessas pessoas: a promotora de Justiça, Márcia Teixeira, informou que o Ministério Público acertou, com a Prefeitura de Salvador, a distribuição de protetores solares, num prazo de 90 dias, como já ocorre com os portadores de lúpus.
"A medida é salutar, mas ainda há muito o que ser feito, como a inserção dos albinos no mercado de trabalho", observou o deputado, cujo projeto estabelece também que as empresas destinem 5% das vagas aos portadores da doença. Na audiência, o presidente da Associação de Portadores de Albinismo da Bahia (Apalba) - a única do gênero no Brasil - Jeanderson Nunes, reivindicou que as escolas sejam adaptadas para as crianças albinas, a fim de que estes estudantes não fiquem expostas à luz do sol.
Segundo Nunes, nas escolas, os portadores de albinismo não conseguem acompanhar os estudos por conta da dificuldade de enxergarem o quadro claro. "As crianças albinas precisam de quadros literalmente negros e os adultos de empregos compatíveis coma doenças, como os que não os expõem ao sol", ressaltou. A Apalba quer apoio para fazer um amplo levantamento para saber o número de albinos no Estado, quantos têm óculos e acesso ao filtro solar, além de quantos portadores já contraíram câncer de pele. "Outro desafio", acrescenta Nunes, "é estimuçar a inserção do albino no mercado de trabalho".
Na Europa, pesquisas demonstraram que o albinismo atinge uma em cada grupo de dez mil pessoas. Já a médica Shirlei Moreira, que defendeu, na audiência, a criação da Casa do Albino, explicou que "o portador de albinismo não tem nenhuma proteção contra os raios ultravioletas e que a doença pode atingir qualquer pessoa, independentemente de sexo ou raça. Para o albino não basta apenas evitar a exposição ao sol. É preciso também usar filtro solar com proteção acima de 20 e consultar, periodicamente, o dermatologista e o oftalmologista. Na Bahia, só existe um hospital referência no tratamento dos albinos, o Dom Rodrigues de Menezes, em
Águas Claras em Salvador.
Salvador - Embora extremamente vulneráveis ao sol, eles são quase invisíveis para a rede pública de saúde. São os albinos, portadores de uma doença congênita caracterizada pela falta de melanina (responsável pela pigmentação da pele) e que atinge também os olhos e os cabelos. Para discutir os problemas dos albinos baianos foi realizada ontem uma audiência conjunta das Comissão de Saúde e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos , Walmir Mota (PPS) é autor de um projeto de lei que pretende acabar com a invisibilidade social dos albinos, ao assegurar-lhes uma ampla proteção , dentre as quais a distribuição gratuita de protetores solares já que os portadores de albinismo são extremamente vulneráveis aos raios solares.
Durante a audiência, Walmir comemorou uma primeira vitória na luta pela inclusão social dessas pessoas: a promotora de Justiça, Márcia Teixeira, informou que o Ministério Público acertou, com a Prefeitura de Salvador, a distribuição de protetores solares, num prazo de 90 dias, como já ocorre com os portadores de lúpus.
"A medida é salutar, mas ainda há muito o que ser feito, como a inserção dos albinos no mercado de trabalho", observou o deputado, cujo projeto estabelece também que as empresas destinem 5% das vagas aos portadores da doença. Na audiência, o presidente da Associação de Portadores de Albinismo da Bahia (Apalba) - a única do gênero no Brasil - Jeanderson Nunes, reivindicou que as escolas sejam adaptadas para as crianças albinas, a fim de que estes estudantes não fiquem expostas à luz do sol.
Segundo Nunes, nas escolas, os portadores de albinismo não conseguem acompanhar os estudos por conta da dificuldade de enxergarem o quadro claro. "As crianças albinas precisam de quadros literalmente negros e os adultos de empregos compatíveis coma doenças, como os que não os expõem ao sol", ressaltou. A Apalba quer apoio para fazer um amplo levantamento para saber o número de albinos no Estado, quantos têm óculos e acesso ao filtro solar, além de quantos portadores já contraíram câncer de pele. "Outro desafio", acrescenta Nunes, "é estimuçar a inserção do albino no mercado de trabalho".
Na Europa, pesquisas demonstraram que o albinismo atinge uma em cada grupo de dez mil pessoas. Já a médica Shirlei Moreira, que defendeu, na audiência, a criação da Casa do Albino, explicou que "o portador de albinismo não tem nenhuma proteção contra os raios ultravioletas e que a doença pode atingir qualquer pessoa, independentemente de sexo ou raça. Para o albino não basta apenas evitar a exposição ao sol. É preciso também usar filtro solar com proteção acima de 20 e consultar, periodicamente, o dermatologista e o oftalmologista. Na Bahia, só existe um hospital referência no tratamento dos albinos, o Dom Rodrigues de Menezes, em
Águas Claras em Salvador.
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