Torreão
Frente e Lateral
Foi erguida em 1826[1] por iniciativa de José Carneiro da Silva, primeiro barão e visconde de Araruama, que a passou como herança para um de seus filhos, João Caetano Carneiro da Silva, barão e visconde de Quiçamã.
Anteriormente, o futuro primeiro barão e visconde de Araruama residia na casa da fazenda Mato de Pipa, uma habitação rural muito simples e rústica, construída por seu avô por volta de 1777, e que também foi preservada até os dias de hoje.
A casa da fazenda Quissamã mostra o enriquecimento da aristocracia rural do norte fluminense com os engenhos de açúcar no século XIX, fato que seria ainda mais visível na geração seguinte, quando os filhos e netos do primeiro barão e visconde de Araruama construíram os solares das fazendas Mandiqüera, Machadinha, São Manuel e Santa Francisca, e habitações urbanas como a Chácara São João. A seqüência cronológica de construção da Casa da Fazenda Mato de Pipa (1777), da Casa da Fazenda Quissamã (1826, ampliada em 1860) e da Casa da Fazenda Mandiqüera (1875) exemplifica o enriquecimento da oligarquia rural da família Carneiro da Silva e os diversos gostos e estilos arquitetônicos prevalecentes em cada época.
A casa hospedou o imperador D. Pedro II e sua comitiva em 1847, quando estes visitavam a região norte fluminense e foram inspecionar as obras de construção do Canal Macaé-Campos. Aproveitou-se a ocasião para realizar o casamento de Bento Carneiro da Silva, futuro segundo barão, segundo visconde e conde de Araruama, e filho primogênito do primeiro barão e visconde de Araruama, com a filha do barão de Muriaé. O imperador D. Pedro II foi padrinho da cerimônia religiosa. As pessoas mais ricas e importantes de toda a região participaram do baile de comemoração. Como não havia lugar para todos na casa grande, vários tiveram que dormir nas senzalas e armazéns da fazena. A casa recebeu o imperador D. Pedro II uma segunda vez, em 1877, para inauguração do Engenho Central de Quissamã.
Em 1925, o filho do barão e visconde de Quissamã, Joaquim Carneiro da Silva, herdou o solar com as terras da fazenda Quissamã. Com a sua morte, em 1942, o solar foi desocupado e fechado. A fazenda Quissamã foi então vendida no final da década de 1950 para a Cia. Engenho Central de Quissamã que tinha apenas interesse em plantar cana-de-açúcar nas suas terras.
Assim como diversas outras propriedades imponentes construídas no século XIX na região, e que foram adquiridas com suas terras pela Cia. Engenho Central de Quissamã, o solar ficou abandonado durante várias décadas. Recentemente foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Quissamã, restaurado e transformado no Museu Casa de Quissamã e futura sede do Parque Municipal, que utilizará o trecho local do Canal Macaé-Campos como local de lazer.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_da_Fazenda_Quissam%C3%A3#Como_chegar
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