Niterói comemora primeiro lugar em festival da cidade
“Esperando...”: esquete ganhou mais de um prêmio.
Foto: Divulgação
Cia de Teatro de Niterói é a grande vitoriosa do Festival Niterói de Esquetes 2010, concorrendo com 30 outros grupos de outras cidades
Cia. de Teatro de Niterói é a grande vitoriosa do Festival Niterói de Esquetes 2010 produzido por Fabio Fortes e Vivian Sobrino que reuniu no Teatro Municipal de Niterói entre os dias 29, 30 e 31 de Julho e 01 de Agosto grupos vindos de cinco estados do Brasil. Em sua primeira seleção haviam 120 esquetes inscritos, das quais foram selecionadas 30 para se apresentarem e concorrerem a prêmios. Destes, apenas quatro eram de grupos pertencentes à Niterói.
Os jurados Moacir Chaves, Daniele Geammal e Roberto Lima, selecionaram nove esquetes para a final que aconteceu no último domingo, dia 01 de Agosto. Esperando... foi a única representação da cidade neste dia. No elenco, os atores niteroienses Ricardo Lyra Jr. e Rachel Palmeirim, ambos com 27 anos, receberam o prêmio de melhor ator e melhor atriz. O diretor da esquete, Reynaldo Dutra, 26, de São Gonçalo, foi indicado ao prêmio de Direção com Esperando... e premiado também como melhor ator pelo seu esquete Ator Emparedado.
Com torcida da classe artística de Niterói, os jurados concederam o prêmio de Melhor Esquete da edição 2010 do Festival Niterói de Esquetes à Esperando.... Um trabalho realizado por um grupo da cidade, a Artecorpo Teatro e Cia.
Segundo o diretor Reynaldo Dutra o Esperando... retrata dois personagens, Vladimir e Estragon que passam o tempo a espera de um personagem que nunca chega, Godot. “O texto sugeriu-nos uma ligação constante entre eles, e um jogo de apoios ou de falta de apoios, de desequilíbrio constante, como se estivessem suspensos numa corda bamba. Em cena eles se mostram unidos um ao outro apenas por uma corda. Se puxam, se prendem, se batem, tentam se enforcar. A corda, objeto que une e separa, é o único utilizado durante toda a cena, sempre de maneira extra-cotidiana, ou seja, explorando as possibilidades expressivas do objeto, mas sem fazê-lo perder seu estatuto concreto”, conta o diretor.
Ainda de acordo com Dutra o que motivou a montagem deste esquete, retirado do texto de Samuel Beckett, foi a necessidade de falar sobre o problema da utopia, ou seja, da renovação revolucionária de ideários e práticas.
Para Rachel Palmeirim e Ricardo Lyra Jr , o festival tinha grupos com muita qualidade.
“Estávamos com um esquete muito bem montado, bem dirigido, porém nós não esperávamos tanto, mas foi surpresa muito boa”, diz Lyra.
Segundo a diretora da Artecorpo Teatro e Cia., Cida Palmeirim, é composta em sua maioria por profissionais de artes cênicas e educação. E fundamenta seu trabalho em linguagens diferenciadas através de pesquisas teóricas e práticas. Utilizando processos improvisacionais para a construção dos seus espetáculos, valoriza a criação coletiva, buscando trazer para cena poesia, ludicidade e reflexão.
Na opinião de Ricardo Lyra ainda falta incentivo aos grupos teatrais de Niterói, por parte do poder executivo municipal. “Precisamos de uma aproximação maior da gestão pública com os grupos e cias. da cidade, principalmente aqueles que trabalham com pesquisas de linguagens e que não primam somente por montagens de clássicos visando sempre uma maior bilheteria. Os Teatros públicos de Niterói precisam rever suas pautas e abrir editais públicos com critérios para um processo transparente de seleção, pois dessa forma irão diversificar as linguagens, formando uma plateia pensante e crítica”, protestou o ator.
O Fluminense
Fonte: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/cultura-e-lazer/niteroi-comemora-primeiro-lugar-em-festival-da-cidade
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