Obra na Igreja de São Domingos não teria permissão para ser realizada
Igreja de São Domingos, tombada há 15 anos, passa por reformas, porém,
Departamento de Patrimônio Artístico e Cultural (Depac),
diz que para realização de obras no templo, autorização deveria ter sido pedida.
Trabalhos podem ser embargados. Foto: André Redlich
Arquidiocese começou obras na Igreja de São Domingos, mas,
o Departamento de Patrimônio Artístico e Cultural (Depac),
diz que o templo, tombado há 15 anos, não pode ser modificado
sem antes ter autorização do município.
Foto: André Redlich
Por: Thaís Sousa 20/10/2010
De acordo com o Depac, reforma do templo, tombado há 15 anos, não foi autorizada e pode ser embargada. Já a Arquidiocese argumenta que local necessita de reparos emergenciais
A iniciativa de reformar a Igreja de São Domingos, no bairro de mesmo nome, está causando polêmica e as obras podem acabar sendo embargadas pela Prefeitura. Segundo o Departamento de Patrimônio Artístico e Cultural (Depac), o imóvel do templo é um bem tombado, há 15 anos, e não houve autorização do município para a realização da reforma.
A Arquidiocese de Niterói afirma que os reparos eram emergenciais, já que o local estava infestado de cupins. Disse, ainda, que há anos vinha solicitando o socorro da Prefeitura para a paróquia. A igreja não forneceu detalhes sobre o custo da obra, mas informou que o dinheiro veio da própria igreja, com a ajuda de seus fiéis.
A igreja de São Domingos foi construída no século XVII e tombada em 1995, pela Lei Municipal 1.478. Segundo o Depac, somente a Prefeitura, através do órgão, poderia ter autorizado e executado a reforma na igreja, que deveria ter sido licitada, com verba do município. Por isso, o embargo deve ser efetuado.
Além disso, na última terça-feira, uma equipe técnica do departamento teria vistoriado as obras e encontrado problemas no projeto que está sendo executado pela paróquia. As características originais da estrutura não estariam sendo preservadas.
O FLUMINENSE esteve na igreja de São Domingos e conseguiu falar com o monsenhor Elídio Robaina, responsável pela paróquia. Com a igreja fechada, o religioso afirmou que a reforma ainda não havia sido iniciada, mas que se tratavam de obras de restauração das estruturas. Segundo a Arquidiocese de Niterói, o altar encontrava-se em estado de conservação ruim e com algumas partes chegaram a afundar devido a uma infestação de cupins.
“A Arquidiocese de Niterói sabia que as obras eram urgentes, por isso, elas foram autorizadas”, garante o padre Leandro Freire, representante da Arquidiocese, que afirma não ter fornecido verba para a recuperação e que o dinheiro vem sendo arrecadado pela própria paróquia.
O FLUMINENSE
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